Seria a hora de a
Igreja Católica rever a ordenação de homens casados?
O assunto não é novo.
Mas voltou a ser lembrado esta semana entre as paredes do Vaticano, graças à
intervenção do episcopado belga. Com mil "deserções" por ano para o
casamento, não seria a hora de a Igreja Católica rever a ordenação de homens
casados?
O tema acabou não
avançando, mas pode até ser retomado no ano que vem, quando haverá um sínodo
específico sobre a Amazônia.
O tema, polêmico, foi lançado pelo auxiliar de Bruxelas, d. Jean Kockerols, a seus cerca de 300 colegas de episcopado que participaram até ontem do encontro voltado para discussão de vocações juvenis.
A diminuição do número de sacerdotes em todo o mundo é um dos fenômenos que mais afeta a Igreja Católica no mundo - há crescimento apenas na África e na Ásia.
O tema, polêmico, foi lançado pelo auxiliar de Bruxelas, d. Jean Kockerols, a seus cerca de 300 colegas de episcopado que participaram até ontem do encontro voltado para discussão de vocações juvenis.
A diminuição do número de sacerdotes em todo o mundo é um dos fenômenos que mais afeta a Igreja Católica no mundo - há crescimento apenas na África e na Ásia.
Indagado em várias
ocasiões, o papa Francisco recordou que a proibição de ordenar padres não faz
parte da doutrina inicial da Igreja - que permitiu o casamento até o século
11.
Uma investigação independente, apresentada no Vaticano em pleno Sínodo, aponta para a perda de 60 mil sacerdotes nas últimas décadas - pessoas que deixaram a batina para casar.
Uma investigação independente, apresentada no Vaticano em pleno Sínodo, aponta para a perda de 60 mil sacerdotes nas últimas décadas - pessoas que deixaram a batina para casar.
O estudo corrobora
outro levantamento, de 2007, que apontava para a perda de 69 mil padres, com
essa motivação, entre 1964 e 2004. Em 2016, havia 414 mil sacerdotes católicos
em todo o mundo. Segundo o vaticanista italiano Enzo Romeo, são mil abandonos
por ano.
O tema pode voltar com força no ano que vem. Um documento preparatório para o Sínodo da Amazônia, publicado em junho, observou que "o clamor de milhares de comunidades privadas da Eucaristia" precisa ser ouvido.
O tema pode voltar com força no ano que vem. Um documento preparatório para o Sínodo da Amazônia, publicado em junho, observou que "o clamor de milhares de comunidades privadas da Eucaristia" precisa ser ouvido.
E sugere o ordenamento
"viri probati" - de homens idosos, casados, mas com caráter e
reconhecimento da comunidade (uma ideia que teria aval do papa Francisco,
segundo jornais alemães).
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