Segundo
especialista, os danos são os mesmos tanto para o meio ambiente quanto para
quem fuma e aqueles que estão próximos aos fumantes”.
“O cigarro eletrônico foi criado pela
indústria como uma tentativa para burlar as leis anti-tabagismo. Ele faz o
mesmo malefício do cigarro comum que é produzido com tabaco e os danos são os
mesmos tanto para o meio ambiente quanto para quem fuma e aqueles que estão
próximos aos fumantes”.
Esta resposta, simples
e direta, é do pneumologista Francisco Hora Fontes, professor da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) que defende o banimento
definitivo do tabagismo na sociedade. “A indústria mente quando diz que o
cigarro eletrônico não faz nenhum mal. Ele faz tanto mal, que a Organização
Mundial de Saúde (OMS) não o recomenda sob hipótese alguma”.
No Brasil, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa decidiu que: “Fica proibida a
comercialização, a importação e propaganda de quaisquer dispositivos
eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, ecigarretes, eciggy,
ecigar, entre outros. Especialmente, os que aleguem substituição de cigarro,
cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou objetivem
alternativa no tratamento do tabagismo”
Pesquisadores da
Universidade de Auckland, na Nova Zelândia garantem que o cigarro eletrônico é
importante para quem deseja deixar de fumar. Mesma opinião tem o jornalista
Tony Silva, 38 anos, que fumava cigarro comum, desde os 13 anos de idade.
“Fumei cigarro eletrônico por 15 dias, no período da abstinência ao vício e lhe
digo, com sinceridade, que ele foi essencial na minha mudança de hábito. Estou
há mais de dois meses sem fumar e deixei de usar o cigarro eletrônico apenas
por que o meu quebrou. Ele caiu no chão e a canetinha se espatifou!”
Vantagens.
Vários estudos
científicos têm demonstrado que este dispositivo eletrônico apresenta enorme
vantagens, em relação ao cigarro comum, por não possuir tabaco ou combustão,
apresentando somente a nicotina. Aos que apregoam suas vantagens, as informações
se repetem: Ele não compromete o olfato e o paladar; Não causa escurecimento
dos dentes, inflamação das gengivas e mau hálito; Não causa envelhecimento da
pele (rugas); Não deixa mau cheiro na pessoa que fuma e no ambiente em que ela
está fumando; Não compromete o fôlego; Não causa pigarro ("catarro");
Não causa tosse crônica; Não promove risco de incêndio e Não polui o meio
ambiente com bitucas.
Por sua vez, os
especialistas enumeram outras vantagens: Não provoca doenças relacionadas ao
cigarro de tabaco como: pneumonia, câncer (pulmão, bexiga, laringe, faringe,
esôfago, boca, estômago), infarto de miocárdio, bronquite crônica, enfisema
pulmonar, derrame cerebral, trombose, úlcera digestiva, impotência sexual,
etc.; e Não expõe outras pessoas aos riscos da fumaça do tabaco (fumantes
passivos).
Revisão recente de 44
estudos realizada pelo Centro de Produtos do Tabaco da FDA concluiu que falta
material que mostre o real impacto do cigarro eletrônico na saúde de seus
usuários. Por isso mesmo, não se sabe ao certo, quais podem ser os efeitos
colaterais do seu uso, nem mesmo se ele é contra-indicado a alguma pessoa.
Porém, é comum que alguns usuários relatem sintomas como dores de garganta ou
falta de ar ao usarem algumas marcas desse dispositivo.
Nicotina.
Inventado em 2003, por
um farmacêutico chinês chamado Hon Lik, sob alegação de ser uma forma menos
nociva de consumir a nicotina, evitando a eliminação de mais de 4.700
substâncias produzidas na queima do tabaco, o cigarro eletrônico entrou
rapidamente na lista das polêmicas e que acaba confundindo a quem usa.
A ideia principal do
cigarro eletrônico é simular a sensação de um cigarro normal, mas usando apenas
a nicotina, que é o elemento viciante do tabaco. A nicotina é a substância
responsável pelo vício causado pelo cigarro comum, por isso mesmo ele vem sendo
largamente vendido como uma forma de deixar essa dependência para trás.
Ele funciona com o uso
de refis que nem sempre precisam conter nicotina em sua solução. Alguns desses
refis têm sabores como chocolate, menta e morango, o que ajuda a se tornarem
mais palatáveis ao gosto dos fumantes. A nicotina, nos refis, é diluída em
líquidos específicos (como o propilenoglicol, por exemplo).
Especialistas, em parar
de fumar, dizem que temem que o cigarro eletrônico volte a fazer com que o
número de tabagistas suba, por ser uma porta de entrada para o uso do cigarro
convencional e, até mesmo, para outras substâncias aditivas, como o álcool.
Modelos.
O modelo clássico do
cigarro eletrônico é visualmente muito parecido com o produto verdadeiro, ou
seja, possui a mesma cor branca e amarela, o mesmo formato e até a ponta simula
estar acesa quando tragado. Contudo, este modelo já caiu em desuso, dando lugar
a "box mods", que têm o mesmo funcionamento do cigarro eletrónico
semelhante ao cigarro normal, mas com temperatura e voltagem regulável, e, na
maior parte dos casos, com pilha substituível.
Atualmente, a maioria
dos cigarros eletrônicos disponíveis para venda são reutilizáveis e contém
peças de reposição e/ou recarregáveis. Ele é constituído basicamente de três
partes: uma bateria com alguns componentes eletrônicos, um vaporizador (também
chamado atomizador) e um cartucho, sendo que funciona da mesma forma que os
adesivos e chicletes de nicotina, entregando aos poucos esta substância ao
fumante.
Na maioria dos modelos,
a bateria dos cigarros eletrônicos está ligada a um sensor que detecta a sucção
realizada pelo usuário, a qual ativa o atomizador e inicia a vaporização do
líquido contido no cartucho. Esse sensor ativa um LED (pequeno dispositivo
luminoso), geralmente de cor laranja, localizado na ponta do cigarro. Com isso,
o cigarro eletrônico simula muito bem o real ato de fumar.
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