A chegada do bebê é aguardada com muita expectativa, os preparativos são
feitos com todo o cuidado e carinho, mas quando ele nasce, nem sempre a
sensação da mãe é de felicidade. Esse pode ser um sinal da depressão pós-parto,
distúrbio do humor que afeta mulheres após o parto, dificultando o
estabelecimento de um vínculo afetivo e emocional seguro e saudável entre mãe e
filho.
Quem pode ter?
A psicanalista e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis
Virgínia Ferreira explica que todas as mulheres são suscetíveis à depressão pós
parto, que pode ser considerada uma reação esperada nesse período.
"Entretanto, isso não significa que todas terão e, ainda, entre aquelas
que terão, os sintomas poderão variar, inclusive na intensidade. Porém, as
mulheres que apresentaram episódios de depressão antes da gravidez ou durante
estão mais propensas", afirma.
Sintomas.
Em geral, os principais sintomas apresentados são falta de energia,
fadiga, tristeza infundada, desinteresse sexual, culpa, distúrbios do sono,
isolamento social, lapsos de memória, ansiedade, distúrbios de sono e
alimentação, irritabilidade, desesperança, dentre outros. Mas as pessoas
costumam atribuir esses sintomas à vida cotidiana corrida, a aborrecimentos, excesso
de trabalho, e têm dificuldade em assumir que não estão bem e a procurar um
especialista.
Tratamento.
O tratamento é psicológico, já que o uso de antidepressivos pode passar
para o leite materno, e isso não é recomendado para o bebê. Outra consequência
que o bebê pode ter são dificuldades futuras como insegurança e baixa
autoestima, pois a depressão da mãe impede que seja criado um vínculo afetivo
saudável com o filho. "A depressão tem cura se, no primeiro episódio, a
pessoa procurar um tratamento. Mas, em geral, as pessoas acometidas por um
episódio depressivo não se reconhecem enquanto doentes. Isso só faz com que o
episódio depressivo se repita e, a cada repetição, os sintomas tenham uma
intensidade cada vez maior", explica.
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