Mesmo nas grandes
cidades é preciso tomar cuidado com incidentes com animais peçonhentos, em
especial os escorpiões, que estão aparecendo com mais frequência. De acordo com
o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), no primeiro bimestre de 2019 foram
registrados 4.025 casos e 2 óbitos relacionados a acidentes com o animal em São
Paulo.
Para diminuir os
riscos, alguns cuidados básicos podem ser tomados, como manter os quintais,
terrenos baldios e jardins limpos. É importante não acumular entulho e lixo
doméstico, aparar grama dos jardins e recolher as folhas caídas.
Coloque o lixo em sacos
plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de
moscas, baratas e outros insetos, que são os alimentos favoritos dos
escorpiões.
A diarista Clélia Rosa
foi picada por uma Jararaca dentro de sua casa. “Primeiro procedimento que a
gente deve tomar é ir para o hospital, mesmo que você não tenha certeza de qual
bicho te picou. Depois é muito importante sempre olhar muito para o chão e
prestar atenção onde pisa”, alerta.
Em caso de picada de
cobra, por exemplo, é recomendável lavar o local com água e sabão, sem aplicar
qualquer tipo de produto ou medicação. No caso da ferroada de escorpião, a
primeira medida é colocar compressas de água morna sobre a ferida. Já com
aranhas ou queimaduras de taturanas, não mexa no ferimento e procure
atendimento médico imediatamente.
“Mantenha primeiro a
tranquilidade, no máximo lavar o local da picada com água e sabão e a pessoa
deve procurar um serviço médico mais próximo de sua residência para que o
diagnóstico desse acidente seja feito e verificar se há necessidade ou não de
tomar um soro para inativar o veneno”, explica o diretor médico do Hospital
Vital Brasil, Carlos Roberto de Medeiros.
De acordo com o médico
Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da
FMUSP, em casos de picadas em crianças e adolescentes, os pais precisam ter
calma e, principalmente, observar as características do animal.
“O escorpião brasileiro
é venenoso, mas não é fatal. Em adultos, a picada do bicho provoca muito dor,
mas em 98% dos casos o controle pode ser feito por anestésicos ou analgésicos.
Já crianças ou adolescentes até 15 anos são bem mais suscetíveis ao veneno
tanto da cobra quanto do escorpião e da aranha”, afirma.
O biólogo Giuseppe
Puorto alerta que “é fundamental que as pessoas sigam essas recomendações em
casos de acidentes com animais peçonhentos e procurem, o quanto antes, o
serviço médico mais próximo”.
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Com informações da Comunicação do Governo de São Paulo.
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