Por ser uma doença
muito perigosa, a prevenção da malária prevenir a doença. E como isso é
possível? Diminuindo a população do vetor da malária: um mosquito chamado
Anopheles.
A doença não é
contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a malária
diretamente para outra pessoa. Ela é causada por protozoários transmitidos pela
fêmea infectada do Anopheles. Por isso, a principal forma de transmissão é a
picada desse mosquito.
Mais prevalente nos
países de clima tropical e subtropical, aqui no Brasil, 99% dos casos da
malária ocorrem na Região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Mas existem casos
registrados em outras partes do país, como informa o médico infectologista, do
Hospital Universitário Alcides Carneiro (Huac-UFCG), filiado à Rede Ebserh,
Jaime Araújo.
"Tivemos três
casos confirmados no município do Conde, na Paraíba e são casos autóctones, ou
seja, que é natural da região, não foi de indivíduos que viajaram para a Região
Amazônica e chegaram com a doença. Eles foram infectados no município",
alerta Araújo.
Conheça
os sintomas.
Os principais sintomas
da malária são febre, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, calafrio e
sudorese. O coordenador geral substituto do Programa Nacional de Controle da
Malária do Ministério da Saúde, Cássio Roberto Leonel, informa qual o quadro
inicial da doença.
"Começa com um
mal-estar geral no corpo, dor de cabeça febre. Isso faz com que a pessoa muitas
vezes fique impossibilitada de exercer as atividades diárias, como trabalhar ir
à escola, e isso faz com que a gente tenha uma perda muito grande, não só na
saúde da pessoa, mas de toda a família", explica o coordenador.
Ao sentir qualquer um
desses sintomas ou mais de um ao mesmo tempo, a pessoa deve procurar uma
Unidade de Saúde e fazer o exame de malária.
Diagnóstico
é rápido.
A gota espessa é o
método diagnóstico da malária considerado padrão-ouro. Ela é feita a partir da
coleta de uma gota de sangue do dedo da pessoa, colocada em uma lâmina, que
será analisada no microscópio. No mesmo dia já é identificado qual espécie de
plasmódio está infectando a pessoa e atribuído o tratamento adequado.
Tratamento
deve ser até 48h do diagnóstico.
No geral, após a
confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial,
com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único
de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
O Ministério da Saúde
recomenda que o diagnóstico e o início do tratamento sejam feitos em até 48
horas do aparecimento dos sintomas, para que não se agrave o quadro de saúde do
doente e que o ciclo de transmissão possa ser interrompido.
"A malária é uma
doença que mesmo que ela esteja controlada, não podemos descuidar, porque o
primeiro atraso do tratamento ou do diagnóstico, aumenta o número de
casos", orienta Cássio Roberto Leonel.
Proteção
para prevenção.
As medidas de proteção
individual são fundamentais para evitar a picada do mosquito, como o uso de
camisa com manga longa e de calça comprida nos horários de maior atividade do
mosquito e usar repelente. Além disso, utilizar mosquiteiros que ficam em cima
da cama ou da rede. Outra ação é a borrifação de inseticidas nas paredes das
casas.
Programa
Nacional de Controle da Malária.
O Ministério da Saúde
tem um Programa contínuo e permanente para combater e controlar a doença no
país que já vem dando resultados. Mais da metade dos 801 municípios da região
amazônica não tem mais transmissão da malária.
"Isso já é
resultado das medidas do PNCM, que trabalha para reduzir a incidência e
gravidade da malária e, consequentemente, o número de internações e óbitos. Mas
é muito importante que a gente continue com as ações de vigilância para que ela
não retorne", alerta Leonel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário