Sexo
faz bem e influencia não só no nosso bem-estar físico, mental e até social.
A privação ou o exagero, porém, têm seu custo, como provam as informações a
seguir:
Não há danos para o
casal que transa pouco.
Mito. Embora existam
casais que tenham uma vida sexual morna, constante ou durante algumas fases, a
intimidade física é importante para a manutenção do vínculo e da confiança.
Além disso, a
falta de entrosamento na cama pode mascarar
problemas na relação que nenhum dos dois quer lidar, mas que podem vir à tona a
qualquer momento. Mesmo que o par viva numa aparente "normalidade", o
relacionamento pode se desdobrar de maneira disfuncional.
A
ansiedade conduz à baixa libido.
Verdade. O
medo de falhar, o desconforto com o próprio corpo e a vontade de agradar o
outro a qualquer preço formam um quadro de ansiedade que
acaba detonando o tesão. Assim, a ausência de sexo provoca ainda mais
ansiedade, num efeito "bola de neve". Importante mencionar que a
ansiedade pode, ainda, ser um sintoma de depressão
--que, por sua vez, afeta a libido-- e, portanto, merece investigação.
A
falta de sexo prejudica os órgãos genitais.
Verdade. Como a vagina
é um músculo, pode se tornar flácida se não for exercitada --trata-se de um
quadro clínico chamado hipotonia. Estudos produzidos pelo Instituto de
Sexologia de Barcelona, na Espanha, concluíram também que os homens que não
transam correm um maior risco de desenvolver câncer de próstata --a ejaculação
promove uma espécie de limpeza e descongestionamento dessa glândula. Além
disso, a inatividade sexual pode resultar em uma maior probabilidade de
disfunção erétil.
Transar
uma vez por semana é o suficiente para a maioria dos casais.
Verdade. Em 2015, um
grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, publicou um
artigo na revista "Social Psychological and Personality Science" que
os benefícios do sexo, para casais estáveis, tinha o teto de uma vez relação
por semana. Acima disso, segundo a pesquisa feita à base de 30 mil entrevistas,
o nível de felicidade e bem-estar se mantinha estável.
O
excesso de sexo não interfere negativamente no trabalho.
Mito. É claro que ter
uma vida sexual ativa e saudável impacta de maneira positiva em todas as
esferas da vida, inclusive no desempenho profissional. Em excesso, porém, há
vários perigos, como falta de concentração e dificuldade para cumprir tarefas e
horários, principalmente em casos
de vício em pornografia e compulsão (hipersexualidade).
Transar com frequência
afeta negativamente a imunidade.
Mito. É justamente o
contrário: a falta é que prejudica, já que o sexo contribui para o estímulo do
sistema imunológico e diminuindo os riscos de contrair infecções como gripes ou
resfriados.
Quem
faz pouco sexo tem mau humor.
Verdade. Um estudo
feito por cientistas da Universidade de Münster, na Alemanha, revelou que o
sexo pode ser o analgésico natural para a dor de cabeça, podendo aliviar
enxaqueca e cefaleia em salvas, o tipo de dor de cabeça mais forte que existe.
Fazer sexo com frequência eleva a produção de endorfina e ocitocina, hormônios
que ajudam a evitar o aparecimento de dor de cabeça. Esses hormônios, liberados
durante o orgasmo, também regulam os nossos níveis de bem-estar e tornam o sono
mais profundo, o que impacta diretamente na maneira como vamos sorrir - ou não
- para o mundo no dia seguinte.
*** FONTES: Mônica
Lopes, fisioterapeuta pélvica, especialista em saúde feminina e membro da ISSM
(International Society of Sexual Medicine), e Oswaldo Martins Rodrigues Jr., psicólogo,
terapeuta sexual e diretor do InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade
Humana).
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