FONTE:,https://leiamais.ba
A nova inteligência
artificial, apresentada na quarta-feira (24) na revista científica Nature, foi
testada em cinco pessoas com epilepsia.
Um grupo de
neurocientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco criou um
implante cerebral que pode ler a mente das pessoas e transformar seus
pensamentos em palavras por meio de um sintetizador de voz.
A nova inteligência
artificial, apresentada quarta-feira (24) na revista científica Nature, foi
testada em cinco pessoas com epilepsia que têm elétrodos implantados no cérebro
como parte de seu tratamento. O estudo, coordenado pelo especialista Gopala
Anumanchipalli, abre o caminho para restauração da capacidade de se comunicar
de pessoas que perderam a fala devido a uma doença neurológica, como um
acidente vascular cerebral ou esclerose lateral amiotrófica (ELA).
“Esta pesquisa é uma
demonstração de que no futuro seremos capazes de criar ferramentas que traduzam
o pensamento em ‘ações’ como a palavra”, disse à ANSA Carlo Miniussi, diretor
do Centro de Mente e Cérebro (Cimec) da Universidade de Trento.
Para o co-autor da
pesquisa, Josh Chartier, a esperança é de que “as pessoas com deficiências da
fala aprendam a falar novamente”, já que muitos pacientes que “não podem mover
seus braços ou pernas aprenderam a controlar os braços robóticos com seus
cérebros”.
A tecnologia de leitura
da mente funciona em dois estágios.
Primeiro, um elétrodo é
implantado no cérebro para captar os sinais elétricos relacionados aos órgãos
que envolvem a linguagem, como os lábios, mandíbula, língua e laringe. Para
aprender a interpretar os sinais cerebrais, os pesquisadores pediram aos
voluntários que dissessem centenas de frases em voz alta. Logo depois, os
sinais cerebrais que controlam os movimentos dos órgãos envolvidos foram
analisados e o decodificador baseado em inteligência artificial os converteu em
sons e palavras graças a um sintetizador. Nos testes, o sistema conseguiu
articular 101 sentenças. “Nós pensamos que, se os centros de linguagem
codificam mais os movimentos do que os sons, devemos fazer o mesmo”, afirmou
Anumanchipalli.
“Os níveis de precisão
que alcançamos seriam uma grande melhoria para a comunicação em tempo real em
comparação com as tecnologias atualmente disponíveis”, finalizou Chartier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário