A doença é grave e
causa danos no sistema respiratório e digestivo, por isso exige uma rotina de
cuidados e tratamento de diversas especialidades, como nutrição, gastro e
pneumologia
Tosse que não passa,
suor mais salgado que o normal, pneumonia de repetição, diarreia e dificuldade
para ganhar peso e estatura. Se esses sintomas aparecerem com frequência, pode
indicar fibrose cística.
A doença, também
conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta
principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. O Sistema Único de
Saúde (SUS) oferece tratamento integral e gratuito para pacientes nas unidades
de saúde da rede pública.
A fibrose cística
atinge cerca de 70 mil pessoas em todo mundo, e é a doença genética grave mais
comum da infância. No Brasil, estimativas do Ministério da Saúde apontam que
uma em cada 25 pessoas carregam o gene da doença. Este fato é compatível com
uma frequência observada de, aproximadamente, um em cada 2,5 mil
recém-nascidos.
A doença ocorre porque
um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza
muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo
de bactérias e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço,
inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões.
Esse muco também pode
bloquear o sistema digestivo e o pâncreas, o que impede que os órgãos funcionem
normalmente. Sem o funcionamento correto, o corpo não absorve os nutrientes dos
alimentos, essencial para o desenvolvimento e saúde do ser humano.
SINTOMAS
DA DOENÇA.
Os sintomas da fibrose
cística e sua gravidade são diferentes para cada pessoa. Pesquisas recentes
mostram que parte dos sintomas está baseado no tipo de defeito genético ou
mutação que o gene tem. Há mais de mil tipos diferentes de mutação para esse
gene. Via de regra, os sintomas estão ligados ao que a secreção mais espessa
causa no organismo.
DIAGNÓSTICO
E TRATAMENTO.
Diante de uma doença
com um prognóstico tão grave e cujos sintomas aparecem, geralmente, nos
primeiros anos de vida, o acompanhamento neonatal, durante e após a gravidez, é
de importância fundamental para o cuidado adequado. A fibrose cística pode ser
identificada através do Teste do Pezinho e diagnosticada através de exames
genéticos.
O teste deve ser
realizado em amostras colhidas em até 30 dias de vida do recém-nascido. O exame
confirmatório dos casos suspeitos é a dosagem de cloretos no suor "Teste
de Suor".
A doença ainda não tem
cura, mas, se diagnosticada precocemente, pode ser tratada diminuindo bastante
seus efeitos sobre o organismo. Os exercícios físicos devem fazer parte do
tratamento, de acordo com as possibilidades do paciente.
Eles contribuem para a
melhora da função respiratória, ajudam no ganho de massa muscular, controlam a diabetes
relacionada à fibrose cística e previnem a osteoporose, além de atuar na correção
de alguns vícios de postura adquiridos por conta dos problemas respiratórios.
*Com
informações do Ministério da Saúde.
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