Com o maior movimento
de pessoas no litoral paranaense a cada dia, não é apenas o
cuidado com afogamentos que os banhistas devem se atentar dentro do mar. Acidentes com águas-vivas
e caravelas são preocupações constantes para os pais. Por curiosidade
e desconhecimento, as crianças costumam tocar nestes animais marinhos e as
consequências podem ser graves.
A principal orientação
realmente é não tocar, mesmo que elas pareçam mortas na areia. Se ocorrer de
uma pessoa ser queimada, a primeira medida é lavar o local apenas com a água do
mar e não esfregar a região atingida. Na sequencia, procure um posto de salva
vidas que ajudará a eliminar a ação da toxina.
“O atendimento feito
pelos bombeiros na praia consiste na aplicação de vinagre na região da pele que
teve contato com a água-viva para aliviar a dor e parar a ação da toxina do
animal”, explicou Tatiane Brites Dombroski, enfermeira da Divisão
de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações.
Casos no Litoral
Paranaense.
Segundo o Corpo de
Bombeiros, os casos de queimaduras por águas-vivas e caravelas vêm diminuindo
no Estado. Na temporada 2018/2019, foram 1.469 atendimentos. O maior número de
acidentes ocorreu há três anos, quando mais de 27 mil pessoas sofreram a ação
destes animais marinhos.
“Somos nós humanos que
neste período de verão fazemos uso das praias, invadindo então o espaço delas,
onde o acidente provocado pelo contato homem/animal acaba acontecendo.
Águas-vivas e caravelas não atacam as pessoas, os acidentes acontecem quando
por algum motivo, existe o contato com os banhistas e, neste momento, liberam
substâncias na pele que causam o envenenamento, popularmente conhecido como
queimadura”, relatou Emanuel Marques da Silva, chefe da Divisão de Vigilância
de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde do Estado.
Confira os principais
sintomas e como evitar o acidente com águas-vivas:
Quais os sintomas e
sinais que provocam?
- Os mais comuns são as urticárias e
queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a 24 horas;
- Nos casos mais graves, podem
ocorrer dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras, e outros que
vão desde a dificuldade respiratória até as arritmias cardíacas,
paralisia, delírio e convulsão;
- A morte é rara, mas pode ocorrer
por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da
intoxicação ou de anafilaxia.
Como evitar?
- Ocorrem mais em águas calmas e
quentes (90%) e no período da tarde (69%) e atingem mais as pernas (77%),
os braços (11%), o tronco (10%) e a cabeça (2%);
- Roupas de neoprene (borracha) são
úteis;
- Mesmo mortas, os tentáculos podem
grudar na pele e provocar graves lesões;
- Na remoção dos tentáculos grudados
nunca use as mãos desprotegidas.
Como tratar?
Ao ser atingido…
- Não coce o local;
- Não tente remover os tentáculos
aderidos com as próprias mãos;
- Mantenha a calma e tente sair da
água o mais rápido possível, para evitar o risco de choque e afogamento;
- Lave abundantemente a região
atingida com a água do mar e procure um posto de salva vida. Não utilize
água doce;
- Não passe no local bebida alcoólica
ou urina. Isto é mito!
- Havendo reação alérgica ou inflamatória importante procure um médico para orientação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário