Em
2020, a oferta do programa é de 100 mil vagas.
Criado em 2001, o Fundo
de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação que
tem como objetivo financiar, com juro real zero, no mínimo 50% da mensalidade
em cursos de universidades particulares para estudantes de baixa renda. Em
2020, a oferta do programa é de 100 mil vagas.
Assim como no ano
passado, neste ano o Fies terá uma edição em cada semestre. No primeiro
semestre de 2020, as inscrições, que são gratuitas, ficarão abertas de 5 de
fevereiro até as 23h59 de 12 de fevereiro. Os interessados devem acessar o site do
programa e fazer um cadastro vinculado ao
seu CPF.
Pode se candidatar o
estudante de família com renda familiar bruta mensal de até três salários
mínimos e que tenha realizado qualquer edição do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) desde 2010, desde que tenha obtido ao menos 450 pontos de nota média. O
candidato também não pode ter zerado a redação.
Os bolsistas parciais
do Programa Universidade para Todos (ProUni), ou seja, aqueles que têm bolsa de
50% da mensalidade, também podem participar do processo seletivo do Fies e financiar
a parte da mensalidade não coberta pela bolsa.
Pelo calendário do MEC,
o resultado da primeira pré-seleção do Fies será divulgado em 26 de fevereiro.
Quem não for pré-selecionado ainda pode ter uma segunda chance, ficando em uma
lista de espera para o caso de algum pré-selecionado não confirmar sua
inscrição.
A classificação é feita
com base na nota do Enem, sendo dada preferência a quem nunca cursou nenhum
curso superior. O candidato pode selecionar até três cursos de seu interesse
que tenham vagas no Fies.
P-Fies.
Numa outra modalidade,
chamada de P-Fies, pode se inscrever o estudante que tenha renda familiar bruta
mensal um pouco maior, de até cinco salários mínimos. Nesse caso, as condições
do financiamento, a juros mais baixos, são negociadas com algum agente
financeiro que fica responsável pelo contrato.
Para se inscrever no
P-Fies no primeiro semestre de 2020, o estudante ainda precisa atender aos
mesmos critérios do Fies juro zero: nota mínima de 450 pontos nas provas do
Enem e não ter zerado a redação.
A partir do segundo
semestre de 2020, porém, poderão se inscrever no P-Fies qualquer estudante, sem
a exigência de realização do Enem ou limite de renda familiar. As mudanças no
programa foram anunciadas em dezembro pelo MEC.
Vagas.
São contemplados no
Fies somente cursos no formato presencial. O programa não financia cursos no
formado ensino à distância (EaD). Mesmo no formato presencial, a oferta de
vagas obedece a critérios estabelecidos pelo MEC, sendo priorizados, com 60%
das oportunidades, cursos nas áreas de saúde, engenharia, computação e
pedagogia.
Há também uma
priorização de mesorregiões com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM) mais baixo, como Nordeste e Norte. É previsto também um número maior de
vagas no Fies para cursos com melhor avaliação segundo o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (Sinaes): 35% para cursos com conceito 5; 30%
para os com conceito 4; 25% com conceito 3; e 10% para cursos
recém-autorizados.
Pagamento.
Tanto no Fies Juro Zero
como no P-Fies, o estudante só começa a pagar a dívida contraída depois que se
formar, na forma do contrato. A parcela devida é descontada na fonte. Caso
ainda não tenha emprego e renda formal, o financiamento será quitado em
prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo, na forma do regulamento do
CG-Fies.
Durante o curso, o
estudante deve pagar apenas a parcela da mensalidade não incluída no
financiamento e encargos operacionais ligados ao contrato, bem como um seguro
de vida.
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