Cientistas sugerem ter
descoberto um novo subtipo de coronavírus.
Pesquisadores chineses
afirmam que podem ter descoberto um novo subtipo de coronavírus com
baixa toxicidade, mas que tem uma capacidade prolongada de infectar as
pessoas.
O caso incomum foi
identificado em um homem de meia idade que esteve infectado pela covid-19 por
49 dias no hospital de Wuhan, na China, segundo o estudo publicado em
27 de março no site especializado em artigos médicos científicos medRxiv.
Um período de tempo
considerado recorde, já que o vírus geralmente segue ativo no corpo humano
em média 20 dias, sendo considerado recorde até então o período de 37
dias.
O homem, no entanto,
apresentou apenas sintomas leves, mas chamou a atenção dos pesquisadores por
poder evidenciar que há pessoas com potencial para desenvolver a doença de
forma crônica e espalhar o vírus por mais tempo.
Durante o período de
internação do paciente, os pesquisadores observaram que sua tomografia
computadorizada mostrou lesões de infecção nos pulmões bilaterais, que
desapareceram em alguns dias, e que sua temperatura corporal também voltou ao
normal.
O teste de ácido
nucleico do paciente para covid-19, no entanto, permaneceu positivo com uma
carga viral alta semelhante à de casos graves ou críticos, o que sugeria a
capacidade infecciosa prolongada.
O caso "pode
tender a ser um caso de infectado crônico", disseram os pesquisadores.
Para tratar o paciente incomum, os médicos ''bombearam'' plasma de uma outra
pessoa que já tinha se recuperado da covid-19, tratamento usado
experimentalmente na China.
Segundo o jornal
South China Morning Post, que também divulgou a descoberta, uma mulher
idosa relacionada ao paciente também apresentou resultado positivo para
covid-19 e sintomas moderados. No entanto, apesar do maior risco associado à
sua idade e condições pré-existentes, ela teve uma recuperação mais rápida e um
prognóstico melhor do que a média dos outros da sua idade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário