FONTE:, https://www.correio24horas.com.br/
Meia do Bahia foi acusado de racismo pelo volante Gerson, do Flamengo.
O
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu abrir inquérito para
apurar a denúncia de racismo feita pelo volante Gerson, do Flamengo, contra o
meia Ramírez, do Bahia. O caso também está sendo investigado pela Delegacia de
Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, do Rio de Janeiro.
Em
sorteio realizado pelo STJD, o processo ficou sob os cuidados do auditor
Maurício Neves. A Procuradoria do órgão pediu as imagens da partida e além de
Gerson e Ramírez vai ouvir os jogadores Natan e Bruno Henrique, do Flamengo, o
técnico Mano Menezes, ex-Bahia, o árbitro da partida e seus auxiliares.
Natan
e Bruno Henrique vão ter que depor, já que segundo Gerson, a injúria racial foi
ouvida pela dupla. O atacante foi citado ainda por outra discussão que teve com
o jogador do Bahia.
O
caso pode ser enquadrado no Art. 243-G do Código Brasileiro de Justiça
Desportiva: praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado
a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de
pessoa idosa ou portadora de deficiência.
A
pena prevista nesse artigo é de suspensão entre cinco e dez partidas no caso de
atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e
suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, se praticada por qualquer outra pessoa,
além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.
A
confusão entre Gerson e Ramírez aconteceu durante a vitória do Flamengo sobre o
Bahia, por 4 x 3, pelo Brasileirão. Após o jogo, o volante do Flamengo afirmou
que o colombiano teria falado para ele: 'cala boca, negro'. Gerson chegou a
reclamar com a arbitragem e discutiu com o técnico Mano Menezes, que minimizou
a situação.
Ramírez
negou ter chamado Gerson de negro. Após a acusação, o Bahia afastou o meia das
atividades e iniciou processo de apuração interna. Sem a comprovação da
injúria, o colombiano foi reintegrado ao elenco.
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