FONTE: De, https://www.uol.com.br/
O
termo pode parecer estranho à primeira vista: pobreza menstrual. Mas diz
respeito à realidade de muitas mulheres ao redor do mundo, que não têm
condições financeiras para comprar absorventes ou algum outro tipo de item para
usar durante a menstruação. E no
Brasil não é diferente.
Para
combater esse problema, a ONG Casa 1, de São Paulo, firmou uma parceria com o
coletivo Fluxo Solidário para incluir absorventes nas cestas básicas que são
oferecidas pelo serviço de assistência social do Centro de Acolhida Casa 1. O
objetivo é buscar doações com grandes fabricantes e também receber colaborações
da população em geral. Para ajudar, basta acessar o site da ONG.
A
campanha pretende diminuir a precariedade menstrual para homens trans,
interssexos e mulheres, sobretudo as lésbicas e bissexuais. Com a iniciativa, a
organização quer chamar a atenção para as necessidade dessa população, que
muitas vezes têm suas realidades ignoradas por campanhas de assistência social,
que em geral dedicam 100% de suas arrecadações para mulheres heterossexuais e
cisgênero.
O
único estado brasileiro com políticas públicas para a causa é o Rio de Janeiro,
que aprovou uma lei em 2020 autorizando a inclusão de absorventes em cestas
básicas. De acordo com uma pesquisa de 2018 da marca Sempre Livre, 22% das
brasileiras de 12 a 14 anos não têm acesso aos produtos, número que sobe para
26% na faixa de 15 a 17 anos. Estima-se que jovens percam 45 dias de aula a
cada ano letivo por esse motivo.
Desde
2014, a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece o direito à higiene
menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos.
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