FONTE: , Lucianakotaka, https://www.msn.com/
Pedir
ajuda pode ser um caminho maravilhoso para a cura nos momentos de dor, mas nem
sempre esse é um processo fácil, muitas vezes nos recolhemos e ficamos
quietinhos tentando dar conta do mar revolto que sentimos dentro de nós. O
coração acelera, as lágrimas querem dar vazão a dor, a seguramos com medo de
perdermos o controle do que sentimos e nos depararmos com o desespero.
A
dor vem nos mostrar algo, ela serve como um sinalizador do caminho a ser
transmutado, trabalhado e resolvido. Mesmo quando o externo nos apresenta uma
situação da qual não temos controle, ao paramos para silenciar iremos conseguir
identificar qual a aprendizagem que a situação nos traz. Porém isso não
significa que devemos carregar as nossas dores sozinhos, colocar nas costas as
pedras que encontramos no caminho e tentar dar conta da travessia do grande
oceano da vida sem ajuda.
Infelizmente
a maioria das pessoas não conseguem largar a mochila de pedras que carregam e
saem por aí desoladas, machucando a si mesmas e aos outros. Gritam socorro do
jeito que conseguem, podem até serem agressivas na tentativa de alguém que os
olhem com afeto, que entendam o seu pedido ajuda, mas na maioria das vezes não
encontram eco justamente porque não dizem o que precisam. Um círculo vicioso
que vai perpetuando as dores da alma.
Uma
forma de percebermos como funcionamos em relação as emoções é primeiramente nos
auto-observando, como se estivéssemos nos bastidores de uma peça de teatro,
assim poderemos ampliar o campo de visão e nos compreendermos além das lentes
que usamos normalmente para dar nomes aos sentimentos e aos fatos da vida.
Quando nos permitirmos esse olhar iremos compreender o quanto é importante
compartilhar, pedir que outra pessoa nos acolha, o que irá impactar diretamente
no nosso bem-estar emocional.
Somos
humanos e os relacionamentos são as bases da nossa vida, são essas experiências
que nos ensinam a arte da troca, e ao pedirmos ajuda nos tornamos mais fortes e
corajosos do que imaginamos. Infelizmente não aprendemos a nos abrir, enxergamos
esse comportamento como fraqueza e seguimos acreditando que precisamos segurar
tudo sozinhos.
Talvez
essa pandemia nos traga esse aprendizado, é o momento de buscarmos fortalecer o
nosso eu interno, entendermos que juntos somos mais fortes e que podemos ajudar
uns aos outros. Assim, seguimos encarando os desafios da vida de forma mais
leve, pois atravessar um oceano não é uma brincadeira, a vida nos pede coragem
de nos colocarmos vulneráveis e aprenderemos realmente a arte de nos
equilibrarmos frente às tempestades.
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