FONTE: , Sabrina Brito, https://www.msn.com/
Um novo estudo descobriu, de modo inédito, como
o cérebro humano fica tão maior do que o de outros macacos. Estima-se que a
humanidade tenha cerca de três vezes mais neurônios do que os nossos parentes
primatas. A pesquisa foi coordenada por cientistas da Universidade de
Cambridge, no Reino Unido, e foi publicada no periódico científico Cell.
O
estudo baseou-se na comparação entre tecidos impressos em 3D cultivados a
partir de células-tronco que foram desenvolvidos a partir de células de seres
humanos, gorilas e chimpanzés. Assim como o cérebro humano, os modelos 3D
produzidos a partir de células de pessoas cresceram muito mais do que os
demais.
Ao
longo do trabalho, os pesquisadores perceberam a diferença entre esses tecidos.
Durante os primeiros estágios do desenvolvimento cerebral, os neurônios são
desenvolvidos a partir de células de formato cilíndrico que facilita sua
divisão em células idênticas, de mesmo formato. Quanto mais vezes essas células
se multiplicam, mais neurônios o cérebro terá.
Quando
as células se tornam mais maduras e desaceleram sua multiplicação, elas assumem
o formato de um cone. Os pesquisadores constataram que essa transição demora
menos em gorilas e chimpanzés do que em nós (cinco dias para eles, sete para a
humanidade), significando que suas células têm menos tempo para se
multiplicarem antes de amadurecerem em outros primatas, culminando em cérebros
menores.
Embora
seja preciso conduzir novos estudos para confirmar a descoberta, trata-se de um
assunto de muita importância e capaz de encerrar, pelo menos em um aspecto, a
discussão sobre o que nos separa dos demais animais.
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