FONTE: Leidiane Brandão, TRIBUNA DA BAHIA.
Dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA)
apontam que cerca de 30% da população brasileira sofre com o mau hálito.
Aproximadamente 50 milhões de pessoas. Em 90% dos casos, a origem do problema
está na boca, causada pela higiene mal feita. A halitose, como é chamado o mau
hálito, não é uma doença e sim um sinal ou sintoma de que algo no organismo
está em desequilíbrio, tendo que ser identificado e tratado. Uma das maneiras
de eliminar o problema ou se prevenir dele é fazer uma correta higienização da
boca.
Segundo especialistas, ao
contrário do que se costuma pensar, a halitose não tem ligação com o estômago,
exceto em casos de eructação gástrica (arroto) e refluxo gastroesofágico. Mesmo
assim, no primeiro caso, o odor exalado é passageiro. No segundo, o tipo de
odor é diferente, mais ácido, não contendo o característico cheiro de enxofre
que acomete a maior parte dos portadores. Mesmo assim, essas duas situações
respondem por menos de 10% dos casos. Cerca de 90% dos casos da halitose podem
ser resolvidos simplesmente com melhorias na higiene bucal e reeducação
alimentar. Algumas frutas, hortaliças e chás podem ajudar.
A nutricionista da Hapvida, Suzele Lima, explica que a readequação
alimentar pode ser um bom início para a solução do problema. “Durante a quebra
dos alimentos as bactérias extraem compostos de enxofre, elemento
responsável pelo odor característico, e alguns grupos possuem efeito
estimulante para as bactérias, como, por exemplo, alimentos densos em proteínas
(com maior relevância para os laticínios), alimentos secos (álcool) e alimentos
ricos em açúcar (doces e balas em geral)”, ressalta.
Língua.
Na maioria dos casos de halitose
o problema está na boca. Problemas dentários podem
gerar o acúmulo de bactérias. Mas é na língua que está, quase sempre, a origem
do mau hálito. A chamada saburra lingual, que costuma deixar a língua
esbranquiçada. A especialista ressalta a importância de realizar a higienização
dos dentes, língua e gengivas de forma adequada, além do equilíbrio alimentar.
Ela acrescenta que a halitose pode ter
origem sistêmica, como por fome e regime (como nos casos de hipoglicemia), além
da desidratação. Nesse último caso, ocorre porque há redução da produção de saliva
e aumento da flora bacteriana. Para evitar o mau hálito, é importante consumir
carboidratos, de preferência os complexos a cada 3 horas e meia (encontrados em
cereais integrais como massas, arroz e pães integrais).
Dicas:
Higienização correta e
uma boa alimentação ajuda a combater o mau hálito.
-- Escovar os dentes três vezes ao dia
-- Utilizar fio dental pelo menos uma vez ao
dia
-- Higienizar de maneira eficiente a língua,
sempre após as escovações (com escova e limpador lingual)
-- Ir ao dentista pelo menos uma vez ao ano.
Alimentação.
-- Evitar alimentos gordurosos
-- Comer maçã, pepino e cenoura crus
(promovem uma espécie de limpeza, removendo bactérias causadoras de mau
cheiro);
-- Tomar chá de boldo e hortelã (evitam que
a má digestão potencialize o mau hálito)
-- Consumir alimentos adstringentes e
antioxidantes, como gengibre e limão, que também ajudam a melhorar o hálito
-- Evite doces (o açúcar contribui para a
proliferação de bactéria).
-- Ingerir bastante líquido, de preferência
água (média de 2 litros/dia)
-- Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos;
evitar álcool e fumo em excesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário