quinta-feira, 10 de outubro de 2013

MAU HÁLITO AFETA 30% DA POPULAÇÃO...

FONTE: Leidiane Brandão, TRIBUNA DA BAHIA.

Dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) apontam que cerca de 30% da população brasileira sofre com o mau hálito. Aproximadamente 50 milhões de pessoas. Em 90% dos casos, a origem do problema está na boca, causada pela higiene mal feita. A halitose, como é chamado o mau hálito, não é uma doença e sim um sinal ou sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio, tendo que ser identificado e tratado. Uma das maneiras de eliminar o problema ou se prevenir dele é fazer uma correta higienização da boca.

Segundo especialistas, ao contrário do que se costuma pensar, a halitose não tem ligação com o estômago, exceto em casos de eructação gástrica (arroto) e refluxo gastroesofágico. Mesmo assim, no primeiro caso, o odor exalado é passageiro. No segundo, o tipo de odor é diferente, mais ácido, não contendo o característico cheiro de enxofre que acomete a maior parte dos portadores. Mesmo assim, essas duas situações respondem por menos de 10% dos casos. Cerca de 90% dos casos da halitose podem ser resolvidos simplesmente com melhorias na higiene bucal e reeducação alimentar. Algumas frutas, hortaliças e chás podem ajudar.

A nutricionista da Hapvida, Suzele Lima, explica que a readequação alimentar pode ser um bom início para a solução do problema. “Durante a quebra dos alimentos as bactérias extraem compostos de enxofre, elemento responsável pelo odor característico, e alguns grupos possuem efeito estimulante para as bactérias, como, por exemplo, alimentos densos em proteínas (com maior relevância para os laticínios), alimentos secos (álcool) e alimentos ricos em açúcar (doces e balas em geral)”, ressalta.

Língua.
Na maioria dos casos de halitose o problema está na boca. Problemas dentários podem gerar o acúmulo de bactérias. Mas é na língua que está, quase sempre, a origem do mau hálito. A chamada saburra lingual, que costuma deixar a língua esbranquiçada. A especialista ressalta a importância de realizar a higienização dos dentes, língua e gengivas de forma adequada, além do equilíbrio alimentar.
Ela acrescenta que a halitose pode ter origem sistêmica, como por fome e regime (como nos casos de hipoglicemia), além da desidratação. Nesse último caso, ocorre porque há redução da produção de saliva e aumento da flora bacteriana. Para evitar o mau hálito, é importante consumir carboidratos, de preferência os complexos a cada 3 horas e meia (encontrados em cereais integrais como massas, arroz e pães integrais).

Dicas:
Higienização correta e uma boa alimentação ajuda a combater o mau hálito.
-- Escovar os dentes três vezes ao dia
-- Utilizar fio dental pelo menos uma vez ao dia
-- Higienizar de maneira eficiente a língua, sempre após as escovações (com escova e limpador lingual)
-- Ir ao dentista pelo menos uma vez ao ano.

Alimentação.
-- Evitar alimentos gordurosos
-- Comer maçã, pepino e cenoura crus (promovem uma espécie de limpeza, removendo bactérias causadoras de mau cheiro);
-- Tomar chá de boldo e hortelã (evitam que a má digestão potencialize o mau hálito)
-- Consumir alimentos adstringentes e antioxidantes, como gengibre e limão, que também ajudam a melhorar o hálito
-- Evite doces (o açúcar contribui para a proliferação de bactéria).
-- Ingerir bastante líquido, de preferência água (média de 2 litros/dia)

-- Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos; evitar álcool e fumo em excesso.

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