FONTE: Mariana Bueno (www.bolsademulher.com).
Médica recomenda sempre procurar auxílio profissional.
Cólica, dor de cabeça, princípio
de resfriado são apenas alguns exemplos de situações em que a maioria das
pessoas recorre àqueles remédios comuns, que estão acostumadas a tomar, ou pede
uma dica para as amigas que já passaram pelo problema. Se você costuma agir
assim, saiba que não está sozinha. É o que mostra um estudo recente divulgado
pelo Centro Multidisciplinar da Dor, no Rio de Janeiro: pelo menos metade dos
pacientes fazem consultas informais na hora de tomar um medicamento e 40%
repetem a mesma medicação prescrita em outras ocorrências. Mas esse hábito, de
acordo com a médica Ana Carolina Cardoso, hepatologista da clínica HepatoScan,
não só prejudica o nosso organismo, como também pode levar a sérias
complicações, inclusive induzindo à morte. “A automedicação é a primeira opção
de boa parte das pessoas. Muitos não procuram qualquer auxílio médico. É
preciso entender que quase todos os fármacos fazem algum mal à saúde, por isso
o médico prescreve a dose e a duração do tratamento”, explica.
As “farmácias em casa” constituem
o mais preocupante fator do automedicamento e, segundo a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 23% dos casos de intoxicações infantis
são causadas pelo armazenamento incorreto de medicamentos pelos pacientes. “Como
a maior parte dos remédios é processada pelo fígado, há casos recorrentes em
que o paciente desenvolve um grave processo inflamatório (hepatite), reações
alérgicas serias e até lesões avançadas, com o passar do tempo”, alerta a
médica.
Ela ressalta que os principais causadores desse problemas são os
analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, quando usados por conta
própria. “O uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode causar lesões
hepáticas graves e hemorragias digestivas seríssimas, enquanto o excesso de
analgésicos pode acabar transformando dores pontuais, em crônicas”, alerta. E
faz uma recomendação: “O ideal é que as pessoas que têm se automedicado com
regularidade façam exames de rotina para verificação do fígado e órgãos como o
intestino, o estômago e o coração”, diz.
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