quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ESPECIALISTA INGLÊS ADVERTE SOBRE RISCO DE DENGUE DURANTE A COPA DE 2014...

FO77 em Londres (noticias.uol.com.br).

Simon Hay, renomado especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, recomendou na quarta-feira (27) ao Brasil que tome medidas energéticas para neutralizar o risco de dengue durante a Copa do Mundo 2014.

O risco vinculado ao vírus transmitido por um mosquito será maior em três cidades-sede da competição no Nordeste: Fortaleza, Natal e Salvador.

Em outras cidades, a temporada de dengue poderia culminar antes do Mundial, previsto entre os dias 12 de junho e 13 de julho. "Infelizmente, durante este período, o risco segue alto no Nordeste", disse Hay, em comentário publicado pela revista Nature.

"As autoridades brasileiras deveriam implementar medidas energéticas para controlar os focos em abril e maio, especialmente nos Estados do Norte do país, para reduzir a quantidade de mosquitos transmissores da dengue", continuou o especialista.

Induzida por um vírus transmitido na picada do mosquito, a dengue provoca, inicialmente, sintomas parecidos com os da gripe. Em alguns casos, podem acontecer complicações que resultam numa dengue hemorrágica, podendo ser mortal. Ainda não existe vacina para combater a doença.

Hay alertou também do risco teórico para os brasileiros da possibilidade de visitantes de fora do país trazerem tipos do vírus contra os quais a população local pode ter baixa imunidade.

Em 20 de novembro, o Brasil registrou 573 casos de morte por dengue no ano, contra 292 em 2012 e 472 em 2011.

A maior incidência de casos mortais se deu em Minas Gerais, seguido por São Paulo (72), Goias (58), Ceará (54) e Rio de Janeiro (48).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou para o fato da dengue estar se expandido, impulsionada pelo aumento do turismo e da globalização do comércio. A organização estima que 40% da população mundial está atualmente ameaçada.

Entre 50 e 100 milhões de infecções por dengue ocorrem no mundo a cada ano, de acordo com dados da OMS. Em 1970, a doença era endêmica em apenas nove países.

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