FONTE: Melina Souza (www.bolsademulher.com).
Informação sinaliza efeitos colaterais e riscos do consumo sem prescrição médica.
Saber ler e identificar a atuação
dos medicamentos pela cor da tarja é fundamental e em muitos casos pode salvar
vidas. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, a
automedicação é responsável por cerca de 20 mil mortes ao ano no país. Muitas
vezes as pessoas deixam de ler a bula contida nos medicamentos ou os compram
sem receita médica.
Para evitar riscos, especialistas
destacam que ficar atento às tarjas é essencial. A comercialização de remédios
no Brasil é classificada pela cor da tarja estampada na embalagem, conforme
determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo
com o clínico geral André Negrão, do Hospital e Maternidade São Luiz, a grande
preocupação quanto ao consumo de medicamentos é quanto ao efeito colateral
apresentado. “A tarja é o detalhe mais importante do medicamento, por
apresentar sua intensidade de atuação no organismo”.
André Negrão ensina e explica as
diferenças entre as cores das tarjas. Veja:
Remédios sem tarja: são considerados de “venda
livre” e raramente têm contraindicação. “Esses medicamentos têm baixos efeitos
colaterais, quase nulos no organismo, e não necessitam de prescrição médica.
Ainda assim, vale consultar o farmacêutico sobre suas propriedades”, explica o
clínico geral.
Tarja vermelha: “exigem apresentação de receita
médica e representam 65% do mercado de medicamentos no país”, esclarece André
Negrão. Apesar de causarem efeitos colaterais leves, recentemente a Anvisa
solicitou que houvesse maior controle em suas vendas e distribuição. O órgão
pretende implantar um regime mais severo de fiscalização e educação sobre os
riscos de se automedicar.
Tarja preta: são controlados e requerem
fiscalização rigorosa, pois agem diretamente no sistema nervoso, com efeito
sedativo, podendo causar vício e dependência. “A prescrição médica é exigida
para sua compra e retida após a entrega do medicamento”, lembra o clínico
geral.
De acordo com o especialista, o ideal é que exista a orientação médica
de qualquer medicamento, mesmo aqueles sem tarjas. “Também é importante que o
paciente verifique os prazos de validade do remédio e a proteção do lacre da
embalagem”, finaliza.
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