FONTE: Rivânia Nascimento, TRIBUNA DA BAHIA.
Pequenas manchas avermelhadas ou
escuras de crescimento lento.
Pintas que mudam de cor ou de formato, feridas que não cicatrizam. Esses
sintomas, que à primeira vista parecem ter pouca gravidade, na verdade são os
principais sinais do câncer de pele. Apesar das campanhas de alertas,
esse ainda é o tipo mais frequente no Brasil, correspondendo a 25% de todos os
tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer
(Inca).
Especialistas alertam que ações que à primeira vista podem parecer
simples, como passar protetor solar todos os dias pela manhã, e evitar a
exposição ao sol nos horários de maior incidência de raios UVB e UVA, são
fundamentais para evitar a doença.
De acordo com a dermatologista Anete
Olivieri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de
pele é um aumento incontrolável de células cutâneas anormais. Se não forem
verificadas, essas células cancerosas poderão se espalhar da pele para outros
tecidos e órgãos. Ela explica que existem três tipos: o carcinoma basocelular,
o carcinoma espinocelular e o melanoma.
Os dois primeiros representam 70% do total
dos casos, porém o melanoma é o mais perigoso e com maior risco de morte já que
pode causar metástase.
Entre as pessoas que correm mais
risco de ter a doença, estão as de pele clara, olhos azuis ou
verdes, e as que têm casos na família, com muitas pintas no corpo e que tiveram
queimaduras solares antes dos 15 anos de idade. Há ainda o risco de surgir uma
pinta no pé, que pode ser um sinal de melanoma, especialmente para quem tem a
pele negra. Nesse caso, é bom procurar um médico para avaliar a necessidade de
retirar a pinta.
A gravidade do melanoma geralmente se
dá por causa do diagnóstico tardio – se descoberto no início, há praticamente
100% de chances de cura. “Por isso, é importante observar e prestar atenção nas
pintas do corpo – o melanoma cresce primeiro para os lados e, ao primeiro sinal
disso, é bom procurar um médico para evitar que ele atinja a derme, camada mais
profunda da pele. Caso isso aconteça, o câncer entra na corrente sanguínea e
pode se alojar em qualquer órgão do corpo”, explicou a médica.
De acordo com o Inca, o câncer de
pele é o tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos
da doença. No Brasil são mais de 120 mil casos novos por ano. Porém, se
detectado no início, o câncer pode ser tratado cirurgicamente, mas em casos de metástase,
o tratamento é
sistêmico. Mesmo depois de tratado, no entanto, ele pode voltar.
Cuidados.
“É de extrema importância para a prevenção
que as pessoas utilizem o filtro solar principalmente no verão. Outra alerta, é
que ao perceber qualquer mancha na pele busque um dermatologista. Embora a
incidência seja alta no Brasil, o diagnóstico precoce pode evitar danos mais
sérios à saúde”, explicou.
A dermatologista explica que usar
protetor solar, evitar exposição ao sol entre às 10h e 16h ainda é a forma mais
eficaz de prevenção da doença. Quanto ao protetor correto, ela ressalta
que todos são eficazes . Porém, são recomendados para crianças e
pessoas com pele clara os com fatores de proteção maior. O uso do
protetor deve ser diário no rosto, colo e áreas expostas como braço e
ombros. Na praia os cuidados devem ser redobrados repetindo a aplicação a
cada banho de mar, além do uso de óculos escuro e chapéu.
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