sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IBGE: INFECÇÃO POR HIV CAI NO SUDENTE, MAS CRESCE NO NORTE, NORDESTE E SUL...

FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).


   A taxa de incidência de infecção pelo HIV ficou estável no país entre 1997 e 2010, variando de 17,1 para 17,9 casos por 100 mil habitantes. No entanto, os valores mascaram diferenças regionais: houve crescimento expressivo no Norte, no Nordeste e, por incrível que pareça, no Sul. Já no Sudeste, a taxa de incidência caiu de 26,3 casos por 100 mil habitantes para 17,9.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da "Síntese de Indicadores Sociais", às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra Aids (1º). O levantamento é baseado em números da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

O aumento mais significativo foi registrado na Região Norte, de 5,4 para 20,6 casos por 100 mil habitantes. No Nordeste, a taxa de incidência mais que dobrou: de 5,2 para 12,6 por 100 mil habitantes. No Sul, o crescimento foi mais discreto - de 20,1 para 28,8 casos por 100 mil habitantes, mas surpreende pelo fato de não ser uma das regiões mais carentes.

Uma reportagem recente da Agência de Notícias da Aids já havia chamado a atenção para as altas taxas de transmissão do HIV de mãe para filho no Sul. A capital (RS), inclusive, apresenta a maior taxa de incidência do vírus em menores de 5 anos: são 16,5 casos a cada 100 mil habitantes, número que é mais que o triplo da média nacional.

"As causas são multifatoriais. Temos, principalmente, a dificuldade de acesso da população às redes de atenção. As mulheres chegam tarde nos serviços, sem terem feito pré-natal e, sendo HIV positivas, é claro que a chance da TV é maior", disse o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids do Rio Grande do Sul, Ricardo Charão, à agência.

O coeficiente de mortalidade, ou seja, o número de mortes por Aids por 100 mil habitantes teve declínio. Em 1997 era de 7,6 mortes por 100 mil habitantes, passando para 5,9 em 2006. Em 2010, a taxa voltou a aumentar, para 6,4 por 100 mil habitantes, apesar de ainda ter se mantido mais baixa que a de 1997.

    

Prevenção.
O IBGE também destaca a influência da educação no combate à Aids. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE, realizada em 2009 e 2012 com jovens de 13 e 15 anos das redes pública e privada, mostra que 89,1% dos estudantes disseram ter recebido informações sobre Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis na escola.  E 69,7% receberam orientação sobre como adquirir preservativos gratuitamente.

Dos jovens que declararam já ter tido relações sexuais (18,3 do total de escolares, segundo a pesquisa), 75,3% disseram ter usado preservativo na última vez.

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