FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A taxa de incidência
de infecção pelo HIV ficou estável no país entre 1997 e 2010, variando de 17,1
para 17,9 casos por 100 mil habitantes. No entanto, os valores mascaram
diferenças regionais: houve crescimento expressivo no Norte, no Nordeste e, por
incrível que pareça, no Sul. Já no Sudeste, a taxa de incidência caiu de 26,3
casos por 100 mil habitantes para 17,9.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da "Síntese de Indicadores Sociais", às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra Aids (1º). O levantamento é baseado em números da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
O aumento mais
significativo foi registrado na Região Norte, de 5,4 para 20,6 casos por 100
mil habitantes. No Nordeste, a taxa de incidência mais que dobrou: de 5,2 para
12,6 por 100 mil habitantes. No Sul, o crescimento foi mais discreto - de 20,1
para 28,8 casos por 100 mil habitantes, mas surpreende pelo fato de não ser uma
das regiões mais carentes.
Uma reportagem
recente da Agência de Notícias da Aids
já havia chamado a atenção para as altas taxas de transmissão do HIV de mãe
para filho no Sul. A capital (RS), inclusive, apresenta a maior taxa de
incidência do vírus em menores de 5 anos: são 16,5 casos a cada 100 mil
habitantes, número que é mais que o triplo da média nacional.
"As causas são
multifatoriais. Temos, principalmente, a dificuldade de acesso da população às
redes de atenção. As mulheres chegam tarde nos serviços, sem terem feito
pré-natal e, sendo HIV positivas, é claro que a chance da TV é maior",
disse o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids do Rio Grande do Sul,
Ricardo Charão, à agência.
O coeficiente de
mortalidade, ou seja, o número de mortes por Aids por 100 mil habitantes teve
declínio. Em 1997 era de 7,6 mortes por 100 mil habitantes, passando para 5,9
em 2006. Em 2010, a taxa voltou a aumentar, para 6,4 por 100 mil habitantes,
apesar de ainda ter se mantido mais baixa que a de 1997.
Prevenção.
O IBGE também destaca
a influência da educação no combate à Aids. A Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar - PeNSE, realizada em 2009 e 2012 com jovens de 13 e 15 anos das redes
pública e privada, mostra que 89,1% dos estudantes disseram ter recebido
informações sobre Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis na escola.
E 69,7% receberam orientação sobre como adquirir preservativos gratuitamente.
Dos jovens que
declararam já ter tido relações sexuais (18,3 do total de escolares, segundo a
pesquisa), 75,3% disseram ter usado preservativo na última vez.
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