quinta-feira, 3 de abril de 2014

CARDIOLOGISTA MOSTRA OS BENEFÍCIOS DE PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA SEM EXCESSOS...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
“Todo mundo já nasce autorizado a fazer exercício físico. A proibição só ocorre caso o indivíduo venha sentir algo e na avaliação o médico conclua que há esta necessidade”. A afirmação é do cardiologista Julio Braga, coordenador do Setor Cardiológico do Hospital Espanhol, que assegura: a atividade física sem excesso só traz benefício para a saúde da pessoa.
A indicação do médico é importante, pois no próximo dia 6 se comemora o Dia Mundial da Atividade Física, instituído pela Organização Mundial de Saúde ( OMS ) que alerta para os riscos do sedentarismo e busca estimular a prática regular de exercícios.
Dados de uma Pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, revelam que 51% da população brasileira está acima do peso.
A pesquisa foi feita em 2012 e  mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%. Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%.
Mas não é só para evitar a obesidade que a atividade física é fundamental na vida do indivíduo, segundo o cardiologista traz grande benefício para a saúde. “As pessoas adoecem menos, evitam problemas renais, melhora o colesterol e têm qualidade de vida. A perda de peso é um benefício secundário”, atestou.
Braga cita os idosos como exemplo, afirmando que existe diferença nos que fazem exercícios e os que não fazem. “O equilíbrio das pessoas vai diminuindo com a idade e os que fazem exercícios ficam melhores, elegantes na forma de andar, além de melhorar o ritmo do sono, da pressão arterial e das dores articulares”, sinalizou.
Indagado se no caso dos idosos qual seria o melhor : a caminhada ou o exercício físico? O cardiologista respondeu que os dois são importantes, mas no caso da caminhada há que se observar que o lugar tem que ser plano, jamais em calçadas esburacadas e na areia fofa, pois são prejudiciais para a locomoção.
Importância dos exercícios.
De acordo com o cirurgião Erivaldo Alves, diretor do Núcleo de Tratamento de Cirurgia da Obesidade (NTCO) e membro titular da Sociedade  Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM),  “depois da cirurgia o paciente precisa incorporar uma série de medidas em sua rotina”, afirmou.
Alves conta que alguns trabalhos mostram que as taxas de desistência do tratamento caem quando os pacientes conseguem incorporar a atividade física regular no seu dia a dia. Segundos informação do NTCO, o Brasil é o segundo país do mundo onde mais se realizam cirurgias de redução de estômago - como é conhecida a cirurgia bariátrica -, atrás apenas dos Estados Unidos.
O educador físico do NTCO, Clarcson Plácido afirma que “estudos mostram que a prática de atividade física regular impacta diretamente no aumento dos índices de manutenção do tratamento para obesidade,”.
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em média, 50% dos pacientes que passam pela cirurgia voltam a engordar parcialmente e cerca de 5% dos operados voltam ao patamar inicial, que tinham antes de fazer a cirurgia, principalmente pela falta de reeducação alimentar e sedentarismo.
 “A dieta e a atividade física são indispensáveis não apenas na manutenção do peso, mas na prevenção de diversas doenças. A população em geral precisa conhecer os riscos da obesidade e adotar hábitos saudáveis”, afirma o cirurgião Erivaldo Alves.

A falta de atividade física é considerada uma pandemia mundial. Segundo a OMS, o sedentarismo é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto.

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