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O assistente de manutenção Kalielton Santos de Souza, 23
anos, foi diagnosticado com câncer no sangue. A cura da doença será alcançada
com a doação de medula óssea, com compatibilidade de uma pessoa a cada 100 mil
Há cinco meses, o assistente de
manutenção Kalielton Santos de Souza, 23 anos, descobriu diagnóstico de
leucemia linfoblástica aguda, uma doença que acomete mais homens jovens do que
mulheres. Mesmo após diversas sessões de quimioterapia, o quadro médico dele
não melhorou e, agora, ele procura um doador de medula.
Para alcançar esse objetivo, a esposa
de Kalielton, Cláudia Fernanda Bittencourt Sousa, 23 anos, criou uma campanha
na rede social Facebook para encontrar um doador compatível e salvar a vida do
marido. “Iniciamos a campanha essa semana. Tenho divulgado com amigos e
familiares e todos começaram a se envolver”, disse. Ela espera sensibilizar o
maior número de pessoas, ou seja, prováveis doadores.
A batalha contra o câncer iniciou logo
após o nascimento da filha do casal, a pequena Helena, também com cinco meses
de idade. Kalielton já tinha anemia, desde criança, e no dia 23 de novembro foi
hospitalizado após uma crise seguida de desmaio. Cláudia Fernanda ainda estava
de resguardo pós-parto, e viu o marido ser internado e diagnosticado com
leucemia.
“Ele começou a sentir os sintomas em
setembro. Ele tinha uma carga pesada no trabalho e não se alimentava direito,
tinha cansaço, falta de apetite. Íamos ao médico e mandavam tomar remédios de
alívio imediato. A gente nem imaginava que podia ser câncer. Quando fomos ao
hospital, ele estava com quase zero de plaquetas no sangue e 80% de leucemia na
medula. Os médicos acharam um milagre ele ter sobrevivido”, disse.
Desde então, Kalielton foi afastado do
trabalho e passou por diversas fases. Após a terceira sessão de quimioterapia,
em um hospital particular, não houve melhora, e por isso a família o levou para
tratamento na Fundação de Câncer do Amazonas (FCecon). “Os remédios que eu
estava tomando não fizeram efeito que deveriam”, disse Kalielton.
“Na primeira ou segunda (sessões) já
reduz (leucemia), mas nele não regrediu. Ele já perdeu 15 quilos, teve queda de
cabelo, enjôo, diarréia, pressão alta, ficou sem comer, sem enxergar, sem
falar. Na quimio, são drogas que destroem o corpo, tanto as células boas quanto
as más, e aí repõem com novas”, disse a esposa. Atualmente, Kalielton reveza
períodos internados no FCecon e em casa, onde aproveita a família.
Próxima fase.
Na próxima quarta-feira (23), Kalielton
voltará ao FCecon para ser avaliado e agendar nova aplicação de quimioterapia.
“Existem alguns pacientes de leucemia que curam com quimioterapia, outros não.
Conforme um laudo médico, ele não consiga curar com quimio, mas temos
esperança”, afirma Cláudia Fernanda.
A outra solução para a cura da doença é
o transplante de medula doada por pessoa compatível. “O problema é que ainda
tem o risco de rejeição do transplante do doador. Ele só pode transplantar
quando tiver com 0% de leucemia, e por isso continuamos a fazer as aplicações
(quimioterapia)”, conta a esposa. Mesmo se encontrar um doador compatível,
novas consultas médicas avaliativas serão necessárias. “Não é imediato”, diz.
A cada 100 mil.
Kalielton tem cinco irmãos, três da
mesma mãe e pai, e outros dois da mesma mãe com pai diferente. “Para ser doador
na família tinha que ser de mesmo pai e mãe, mas mesmo assim a probabilidade
seria de 35% (compatibilidade), o que não ocorreu”, aponta Cláudia Fernanda.
“Agora, a possibilidade de encontrar alguém compatível, conforme as
estatísticas, é uma pessoa a cada 100 mil”.
Por esse motivo, familiares e amigos
querem se adiantar e encontrar, o mais rápido possível, um doador para
Kalielton. “A gente não sabe como ele vai reagir. Se o maior número de pessoas
pudesse doar”, pede Cláudia Fernanda. “Esse tipo de leucemia, aguda, é muito
comum em homens. Geralmente homem é não gosta de ir ao médico, nem se cuidar. E
o Kalielton sempre foi saudável, era atleta”, alerta Cláudia Fernanda.
Ser doador.
Para ser doador de medula, a pessoa faz
um exame na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), na
avenida Constantino Nery, ao lado da Arena da Amazônia, e após um mês recebe um
resultado. O doador se cadastra e fica no Registro Nacional de Doadores de
Medula Óssea (Redome). Para mais informações: faladoador@hemoam.am.gov.br ou (92) 3655-0166
(92) 3655-0166 GRÁTIS (92)
3655-0167 GRÁTIS . e (92) 3655-0167
“Ao contrário do que se pensa, hoje em dia não
precisa retirar a medula para doar. É feito até mesmo com o próprio sangue.
Isso de retirar um pouco da medula não é verdadeiro. É uma quantidade pouca de
sangue, como um hemograma”, conta Cláudia Fernanda.
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