FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
Especialistas alertam população para o Dia
Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, próximo 26, pois em
todo o mundo, aproximadamente 1 bilhão de pessoas podem ser portadoras da
doença. Dados do Ministério da Saúde registram que no Brasil, entre a população
com mais de 18 anos, 23% das mulheres e 20% dos homens sofrem de hipertensão
arterial.
A doença é silenciosa, sorrateira que pode
matar sem mesmo a pessoa tomar conhecimento que a possui, caso não faça exames
periódicos e não tenha o hábito de medir a pressão.É considerada crônica,
determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz
com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer
circular o sangue através dos vasos sanguíneos.
Para a médica Maria Amélia Bulhões Hatem,
cardiologista do Centro de Diagnóstico Integrado da Bahia (Cediba) é importante
que as pessoas tenham cuidado com a hipertensão arterial e a encarem como
doença grave, mas que pode ser controlada com cuidados necessários.
Hatem conta que, muitas vezes, o
descuido das pessoas com a doença é tão grande que elas acham que,
por estarem se sentindo bem, não há mais necessidade de tomar o remédio
diariamente, como é prescrito.
“O cardiologista deve ter um papel ativo na
orientação de seus pacientes e promover campanhas educacionais, de que a
hipertensão arterial é doença crônica e exige terapia e esforços contínuos para
o adequado controle”, adverte.
A descrição de aumento da tensão arterial
foi relatada em 2600 AC na China e Hipócrates no século XVIII já descrevia a
associação de hipertensão arterial com acidente vascular cerebral (AVC),
segundo informação da médica.
Ela relata que recentes estudos clínicos
epidemiológicos foram realizados numa pequena cidade do EUA, Framingham, e
foram pioneiros por envolver milhares de pessoas, e provar a relação entre hipertensão
e doenças cardiovasculares.
Conforme a declaração da médica foram estes
estudos que alertaram sobre a necessidade de controle pressórico e da adoção de
mudanças de estilo de vida, tais como perda de peso, exercício físico, redução
da ingestão de sal e álcool na dieta para prevenção do infarto agudo do
miocárdio, AVC, doença arterial periférica e insuficiência cardíaca.
”Além dos desfechos clínicos maiores,
como AVC e infarto, a hipertensão, quando não adequadamente tratada, é
responsável por uma série de outras lesões nos chamados órgãos-alvo. As
principais lesões nos chamados órgãos -alvo são: hipertrofia, seguida ou não,
de dilatação ventricular, retinopatia, insuficiência renal, entre outros”,
descreve .
Prevenção.
O médico Ricardo Pavanello, supervisor do setor de cardiologia clínica do
Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, via assessoria de imprensa da
instituição, alerta as pessoas que por ser uma doença “silenciosa” é importante
estar sempre com consultas e exames médicos em dia.
“Prevenção é a palavra de ordem e controlar
os fatores de risco é a melhor forma para tal. O que acontece na maioria das
vezes é o diagnóstico ser realizado quando acontecem alterações dos chamados
órgãos-alvo, que são cérebro, coração e rins”, explica.
Pavanello destaca que relacionados ao
cérebro, os principais sintomas são tontura, dor de cabeça e AVC nos casos
extremos. No que diz respeito ao coração, o paciente pode apresentar desde dor
no peito ao próprio infarto agudo do miocárdio. Nos rins, inchaço e diminuição
do volume urinário são os principais sintomas.
O cardiologista aconselha: “Praticar
atividades físicas, dieta equilibrada e com pouco sal, evitar cigarro e outras
drogas, também são formas de evitar o problema”.
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