FONTE: Agência
Brasil, CORREIO DA BAHIA.
Motoristas de Florianópolis e
Palmas lideram ranking dos que assumem beber e dirigir; menores índices foram
em Vitória, Rio de Janeiro e Recife.
Após o endurecimento da Lei 11.705/2008, a chamada Lei
Seca, em 2012, caiu o índice de adultos que admitem beber e dirigir nas
capitais do país. A queda foi de 16% entre 2012 e 2014, de acordo com a
pesquisa Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)
2014, do Ministério da Saúde. O dado foi divulgado hoje (19), data em que a lei
completa sete anos.
A pesquisa mostra que 7% dos entrevistados em 2012
responderam ainda manter o hábito de consumir álcool e dirigir. Em 2014, o
percentual para 5,9%. A Vigitel ouviu 40,8 mil pessoas com mais de 18 anos de
idade, nas capitais do país.
Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram ligeira queda
no número de acidentes ocorridos por influência do álcool após a lei ter
estabelecido tolerância zero ao álcool e aumentado o valor da multa para quem
for flagrado embriagado ao volante, em 2012. Naquele ano foram registrados
7.594 acidentes, 7.526 em 2013 e 7.391 no ano passado.
Na avaliação do professor de direito penal, do Centro
Universitário Iesb, e autor do livro Embriaguez ao Volante e na Aplicabilidade
Jurídica do Exame Visual, Marcelo Zago, os sete anos de vigência da Lei Seca
tiveram efeitos positivos. “Quando se leva em conta que o número de veículos
aumentou, possivelmente o número de acidentes iria aumentar, mas eles
permanecem estáveis e vêm diminuindo em alguns pontos de rodovias federais”,
disse.
Para Marcelo Zago, em paralelo à legislação que proíbe a
combinação de álcool e direção, é importante que sejam feitas campanhas de
educação no trânsito, constantemente. “É uma legislação que vem sendo
endurecida à medida que o tempo passa, porque é um clamor social grande, e o
endurecimento da legislação, por si só, não gera efeito tão benéfico quanto o
efeito veiculado juntamente com a educação no trânsito. É necessário que haja
uma mudança de mentalidade”, ressaltou.
De acordo com a pesquisa Vigitel 2014, as capitais em que
os entrevistados mais admitiram dirigir após beber são Florianópolis e Palmas.
Os menores índices foram em Vitória, no Rio de Janeiro e Recife. Dos que mais
admitiram consumir álcool antes de assumir e direção, 10,7% são homens. Apenas
1,7% das mulheres assumem o risco da mistura bebida e volante.
A Lei 11.705 alterou o Código Brasileiro de Trânsito e
estabeleceu limites de concentração de álcool no sangue para motoristas. Em
dezembro de 2012 foi sancionada a Lei 12.760 que fez nova alteração no código
de trânsito e e estabeleceu tolerância zero ao álcool.
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