A quimioterapia é um tratamento para o câncer que utiliza
medicamentos específicos para destruir as células cancerosas. Pode ser aplicada
com um único medicamento ou com a combinação de vários deles, por via
intravenosa ou oral. Infelizmente, o tratamento traz efeitos colaterais, entre
eles, uma saúde bucal fragilizada.
O diretor do departamento de estomatologia do A. C.
Camargo Cancer Center, Fábio de Abreu Alves, explica que um dos principais
problemas odontológicos enfrentados pelos pacientes em quimioterapia é a
mucosite. Esta doença se manifesta por meio de feridas na boca, principalmente
na bochecha e na língua. A quimioterapia paralisa a duplicação das células e,
como a boca é uma região com grande necessidade de renovação celular, essa
pausa acaba facilitando o surgimento de feridas.
Fábio explica que o tratamento para a mucosite é feito
com laserterapia, pelo cirurgião-dentista. “A luz do laser dá energia para as
células e deixa a boca mais resistente. A laserterapia pode iniciar no mesmo
dia que começa a quimioterapia e seguir durante o período de tratamento”,
afirma. Cada sessão de aplicação do laser dura cerca de 15 a 20 minutos.
Cuidados redobrados.
A quimioterapia também diminui as defesas do organismo,
fazendo com que o paciente fique mais suscetível a doenças infecciosas. As mais
comuns na boca são: candidíase (causada por fungos), gengivite (causado por
bactérias) e herpes (causada por vírus). Além disso, se alguma doença se
agravar, pode gerar uma sepse, ou seja, a infecção cai na corrente sanguínea e
atinge outras partes do corpo.
Por isso, além da laserterapia, é muito importante que o
paciente reforce os hábitos de higiene bucal, escovando os dentes com pasta de
dente com flúor, higienizando a língua e usando fio dental. Também deve tomar
muita água para manter a hidratação do corpo e a boca úmida com saliva, que é
um importante condutor de flúor aos dentes.
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