FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Em alguns casos, somente água e sabão não são
capazes de fazer uma higienização completa, que depende de uma série de
fatores.
A
região genital é uma área sensível e propensa ao desenvolvimento de fungos e
bactérias, sobretudo no caso das mulheres que frequentam praias e vivem em
cidades litorâneas como Salvador. Justamente por isso as soteropolitanas sempre
devem estar atentas à higiene íntima e os cuidados devem ser redobrados no
verão. Em alguns casos, somente água e sabão não são capazes de fazer uma
higienização completa, que depende de uma série de fatores.
“Uma
higienização adequada depende, entre outras coisas, do tipo de produto de
limpeza utilizado, da maneira como a higiene é feita e da frequência diária de
higienização”, explica o ginecologista e diretor médico do Centro de Pesquisa e
Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), Jorge Valente.
Segundo
o médico, a higiene inadequada da área pode promover o desenvolvimento de
fungos e infecções, provocando corrimentos e odores desagradáveis, pruridos e
coceira. Dentre as infecções mais frequentes causadas pela falta de
higiene íntima, estão a tricomoníase, a gardnerella e a candidíase.
Há, no
entanto, outros fatores que podem interferir na saúde íntima feminina, a
exemplo da atividade sexual, alimentação, questões hormonais e até mesmo
emocionais. Segundo informações da Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia (Febrasgo), a microflora vulvar vaginal é constituída por bactérias
comensais de diferentes espécies que coabitam a pele da vulva, o intróito
vaginal e a cavidade vaginal em harmonia, mas que podem, em situações
especiais, tornarem-se patogênicas.
“A
mulher deve adotar o hábito da higiene intima após ter relações sexuais porque
o pH da sua região genital pode sofrer alterações devido ao pH do sêmen do
parceiro”, esclarece Jorge Valente.
A
higiene íntima deve ser feita com água, sabonete especial - as mulheres devem
optar pelas versões feitas especialmente para a higiene íntima feminina - e
usando somente os dedos. A recomendação é usar os sabonetes líquidos, já que os
em barra são mais alcalinos e facilitam a contaminação se a mesma superfície
for compartilhada por diversas pessoas. No caso de pessoas que não têm tempo de
fazer a higiene constante, a limpeza com lenços umedecidos também é uma opção.
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