quarta-feira, 2 de março de 2016

RESPIRAÇÃO PELA BOCA PODE ENTORTAR OS DENTES...

FONTE:Redação, (www.msn.com).



Respirar pela boca pode parecer uma boa alternativa quando alguma obstrução das vias aéreas superiores atrapalha a respiração pelo nariz, mas diversos problemas podem decorrer dessa prática que parece tão simples. Comum em crianças e pessoas que têm rinite, sinusite, desvio de septo ou outras alergias, a respiração oral pode deixar o céu da boca mais profundo, os dentes tortos, causar gengivite e mastigação inadequada.

O ortodontista e ortopedista facial Emerson Albuquerque explica que, quando o ar passa pelas narinas, ele é filtrado, aquecido e umedecido até chegar aos pulmões. Contudo, ao passar pela boca, esse processo não ocorre, fazendo, então, com que a qualidade do ar captado seja inferior. Além disso, ao tentar cumprir o papel do nariz com a inspiração do ar, a boca sofre várias alterações. “Para que a passagem do ar seja eficiente, o céu da boca se estreita e alonga, mas isso também faz com que os dentes fiquem tortos porque há uma alteração na estrutura em que eles estão fixos”, ressalta.

A língua também passa por adaptações para auxiliar na passagem do ar. Como ela acaba se posicionando mais para baixo e mais próxima aos dentes inferiores, os processos de deglutição e mastigação também são prejudicados, pois ela atua encaminhando os alimentos para a faringe. Além disso, como a boca fica aberta por muito mais tempo e entra em contato com mais bactérias do que se estivesse fechada, o paciente pode desenvolver gengivite e ter cáries.

Os distúrbios respiratórios são mais frequentes durante a infância e, como nesse período a estrutura óssea da face ainda não está completamente formada, os riscos podem ser mais visíveis. Crianças que possuem a síndrome da respiração bucal tendem a ter o rosto mais fino e alongado. Além de todos esses problemas bucais, a criança também pode apresentar dificuldades em manter a atenção, porque a qualidade do ar respirado é menor, e problemas de postura, porque o corpo se inclina para frente para absorver o ar.


O ortodontista e professor da UFSC Daltro Ritter alerta que antes de iniciar qualquer tipo de tratamento médico é necessário investigar o que levou aquele paciente a adotar a respiração bucal. Também é válido ressaltar que o tipo de tratamento dependerá de cada caso, podendo ser feito com aparelhos ortodônticos, cirurgia ou acompanhamento terapêutico com fonoaudiólogo.

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