Para manter a saúde, você vai à academia três vezes
por semana ou faz caminhadas diárias? Dessa maneira, não só melhora o
condicionamento físico como também afasta o risco de várias doenças, certo?
Errado. Claro que exercícios físicos feitos de maneira regular ajudam, e muito.
No entanto, estudos mostram que isso não basta caso você passe o resto do dia
sentado --uma situação cada vez mais comum na vida de muita gente.
Os malefícios de ficar muito tempo grudado na cadeira são vários. Um estudo recente, feito pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, e outras instituições publicado no Annals of Internal Medicine, mostrou que o chamado comportamento sedentário (isto é, realizar atividades, sentado ou deitado, que não aumentam o gasto de energia acima dos níveis de repouso), é fator de risco para morte prematura.
Os malefícios de ficar muito tempo grudado na cadeira são vários. Um estudo recente, feito pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, e outras instituições publicado no Annals of Internal Medicine, mostrou que o chamado comportamento sedentário (isto é, realizar atividades, sentado ou deitado, que não aumentam o gasto de energia acima dos níveis de repouso), é fator de risco para morte prematura.
Segundo os resultados da pesquisa, tanto homens
quanto mulheres que passavam a maior parte do dia sentados tinham risco
aumentado para morte prematura --especialmente se o período sentado durava
mais do que 30 minutos, sem interrupção. O perigo era o mesmo
independentemente de idade, gênero, raça ou massa corporal. E o pior: não
diminuía nem mesmo entre os praticantes regulares de atividades físicas. Mas,
ainda de acordo com a pesquisa, era minimizado caso o tempo na cadeira fosse
interrompido com frequência, mesmo que, no fim, o tempo total sentado fosse
igual ao de quem não fazia pausas.
O risco de morte prematura não é o único. O ato
predispõe, também, à obesidade, diabetes, sarcopenia (perda de massa e força
muscular), osteoporose e doenças do coração. Fazer academia ou caminhadas são
de grande valia e não devem ser deixadas de lado. No entanto, as atividades não
compensam o tempo que se passa sentado. Alguns estudos indicam que o ideal é
dar cerca de 10 mil passos por dia --e isso inclui atividades
cotidianas, como se deslocar de um cômodo para outro da casa, caminhar até o
carro no estacionamento, etc. Alguns aplicativos para smartphone ajudam a
monitorar a quantidade de passos por dia.
Veja, a seguir, medidas que podem ser inseridas no cotidiano de maneira simples e que ajudam a se livrar do comportamento sedentário.
Veja, a seguir, medidas que podem ser inseridas no cotidiano de maneira simples e que ajudam a se livrar do comportamento sedentário.
- Se mora perto do trabalho, vá de bicicleta ou caminhando em passos rápidos;
- Se
pega condução, desça do ônibus um ponto antes. No metrô, prefira escadas
comuns às rolantes;
- Se
vai de carro, estacione a pelo menos um quarteirão de distância do
destino;
- A
cada 30 ou 40 minutos, faça pequenas pausas de alguns minutos --vá ao
banheiro, tome um café, busque um papel na impressora....Apenas ficar em
pé já ajuda;
- Coloque
um aviso no celular para lembrá-lo de se levantar em intervalos regulares;
- Invista
em um pedômetro, aparelho que conta a quantidade de passos diários, e
procure ficar entre 8 mil e 10 mil;
- Suba
e desça escadas --mesmo que more em andares altos, um ou dois lances já
ajuda.
***
Fontes: Marcelo
Bichels Leitão, presidente da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do
Exercício e do Esporte), de Curitiba (PR); Patricia Oliveira,
cardiologista da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do
Exercício do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), de
São Paulo (SP); Maria Edna de Melo, presidente da Abeso (Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e João Paulo
Bergamaschi, ortopedista da Clínica Kennedy, em São Paulo (SP).
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