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, http://noticias.uol.com.br

Você já entrou em um cômodo recém-pintado? Inicialmente, nosso nariz fica
incomodado. Alguns minutos depois, mesmo que a tinta ainda esteja fresca, o
odor vai ficando imperceptível. Esse é também o motivo pelo qual o mau hálito é
tão traiçoeiro: o olfato acostuma-se com a condição, transformando-a em um
inimigo oculto. É a chamada fadiga olfativa. Conversamos com especialistas no
assunto, que explicam os principais sinais da halitose e o que fazer diante
dessa suspeita.
Amigos para sempre.
De acordo com o Dr. Carlos Alberto Muzilli (CRO SP – 32829), presidente
da Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas (APCD) – Regional Sorocaba, uma
das formas mais eficientes de se detectar a halitose é a percepção de pessoas
próximas e de confiança. A dra. Letícia Boos (CRO-RS -9889), presidente da
Associação Brasileira de Odontologia – Regional Novo Hamburgo, orienta que esse
amigo ou parente cheque seu hálito algumas vezes ao dia, em diferentes
horários.
Espelho, espelho meu.
Uma das causas do mau hálito é a presença da saburra lingual. Com a
ajuda de um espelho, coloque a língua o máximo possível para fora e verifique
se ela apresenta uma camada esbranquiçada ou amarelada no fundo. Esse pode ser
um indício de halitose. A dra. Letícia reforça que experiências como a de
raspar o fundo da língua com uma gaze, ou lamber o dorso da mão e esperar
alguns minutos para verificar o odor, não são recomendadas. “Nem sempre
encontramos alguém disposto a dizer: você está com mau hálito. Por isso, a
palavra final é do cirurgião-dentista. Hoje, já existem até aparelhos
específicos para detectar o problema”, pondera a especialista.
Causa e conseqüência.
A avaliação profissional é fundamental também para
definição da causa. Entre os fatores que favorecem o mau hálito,
estão:
– presença de saburra lingual;
– gengivite e sangramentos;
– placa bacteriana;
– redução de saliva ou boca seca;
– hábitos alimentares;
– uso de alguns medicamentos;
– estresse;
– tabagismo;
– doenças como amidalites, faringites, sinusites, deficiências
renais ou hepáticas e diabetes, além de inflamações bucais e dentárias.
Carlos Muzilli lembra que, embora 90% dos fatores tenham origem na boca,
há uma variedade muito grande entre eles. “Para cada causa, um tratamento”,
define o especialista.
Invista em você
Para evitar o problema, não é necessário milagre, e sim, mudança de
hábitos. Usar o fio dental, fazer bochechos e limpar a língua conforme orientação do dentista; ter uma dieta
balanceada, evitando excesso de gorduras, frituras e café; beber pelo menos
dois litros de água por dia; controlar o estresse e abandonar o cigarro são
medidas que podem trazer de volta a boa convivência e a autoestima que o mau
hálito roubou. Invista na sua qualidade de vida!
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