Segundo
Gilmar Mendes, o objetivo é evitar a demora para o resultado final das eleições
devido a diferentes fuso horários nacionais.
O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) defendeu, em manifestação ao presidente Michel Temer,
que não haja horário de verão no mês de outubro de 2018, como forma de
viabilizar a realização das eleições gerais no mesmo horário em todo território
nacional.
O motivo,
segundo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, é evitar a demora para o resultado
final das eleições devido a diferentes fuso horários nacionais, como por
exemplo, no Estado do Acre. A situação aconteceu em 2014. "Já houve
manifestação formal perante o presidente, conversei com o ministro de Minas e Energia
(Fernando Coelho Filho) e estamos discutindo este tema", disse Gilmar
Mendes, que lembrou que o governo federal já estudou eliminar o horário de
verão neste ano e poderá discutir o tema ano que vem.
Gilmar
disse também que o plano do TSE é iniciar as eleições às 8h no horário de
Brasília. "Se tivermos horário de verão no ano que vem que se faça a
partir de novembro para que não se tenha essa diferença. E aí começaríamos na
mesma hora de Brasília e encerraríamos a mesma hora. Temos o Acre, o Amazonas.
Mas é insuportável para eles se nós tivermos a diferença de 3 horas, fazê-lo.
Esse é o problema que ocorre em eleições bastante disputadas", disse
Gilmar Mendes.
Mendes
disse que o tribunal errou em esperar o resultado do Acre para fazer o anúncio
do resultado final das eleições presidenciais em 2014 no segundo turno, em que
Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB). Segundo ele, isso gerou
questionamentos. "O que houve nas eleições de 2014 e eu já fiz um
mea-culpa. Estamos tentando sanar esse problema. O que houve foi que em relação
ao Acre decidimos retardar a decisão para encerrar as eleições do Acre. Quando
o Brasil todo tinha expectativas, contabilidade, e no final houve reversão de
expectativa em relação às eleições. Houve erro nosso, e criou-se essa lenda
urbana de que poderia ter havido manipulação de eleição."
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