Um momento de distração do
técnico em informática Claudio Dionisi, de 46 anos, não foi motivo
para que ele deixasse outras pessoas irritadas. Ele estava passando pela rua
Frey Orlando, no Bairro Tarumã, em Curitiba, na última
segunda-feira, 30 de julho, quando, sem querer, bateu em um carro que estava
estacionado.
A batida resultou em um
espelho retrovisor quebrado. Situação corriqueira no trânsito, não fosse por um
motivo. Claudio desceu do carro, viu o estrago no carro parado, e não
pensou duas vezes. Voltou ao veículo, pegou papel e caneta e deixou um
bilhete: “Proprietário, salvei minha vida, mas quebrei o espelho do seu
veículo. Favor entrar em contato para eu pagar o prejuízo”.
A reportagem entrou em
contato com Claudio e ele disse que não teria como fazer diferente. “Não
deveria ser um motivo de espanto. A gente vê muita coisa ruim, mas o mundo
também está cheio de pessoas boas”, disse.
O dono do carro
avariado, o produtor editorial Alison Martins, se espantou ao chegar ao seu
carro, um Clio e ver o espelho quebrado. Prejuízo certo, mas o bilhete
reconhecendo os danos e se oferecendo para pagar o prejuízo fez com que a
irritação logo passasse. Ele ligou para Claudio e acertaram os detalhes do
pagamento.
O custo do espelho?
R$30. “Não é pelo valor, é pela atitude. Infelizmente não é uma coisa comum ver
que as pessoas fizeram a coisa certas”, diz.
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