Este é o primeiro exame que identifica o risco de doenças poligênicas (ou
seja, que são ativadas por mais de um gene) de forma equivalente a doenças
monogênicas.
Dizem que tudo está escrito no nosso DNA, até o nosso risco de
desenvolver ou não uma doença. O problema é conseguir ler todas essas
informações no código genético.
Uma série de testes e marcadores têm sido descobertos para conseguir
fazer essas leituras, e um novo estudo, publicado na revista científica Nature Genetics e conduzido pela
Universidade Harvard (Estados Unidos) fez um novo avanço com relação a isso:
predizer o risco de cinco doenças que se manifestam em mais de um gene, por
isso elas são chamadas de poligênicas.
Antes de mais nada, é preciso explicar que muitas doenças comuns dependem
de informações que estão espalhadas em mais de um gene para se manifestarem,
por isso são mais difíceis de serem detectadas com precisão em exames
genéticos.
Mas, o método usado pelo grupo de pesquisadores de Harvard foi comparável
a mutações monogênicas (que envolvem um só gene) e eles conseguiram desenvolver
marcações genéticas para cinco doenças de grande prevalência: doença arterial
coronariana, fibrilação atrial, diabetes tipo 2, doença inflamatória intestinal
e câncer de mama.
Como foi feito o estudo.
Primeiro os pesquisadores reuniram dados de estudos de associam de genes
para identificar as variantes genéticas associadas às cinco doenças
investigadas. Foram criados algoritmos que uniram essas variantes, que sozinhas
têm um impacto pequeno no risco de ter a doença.
Para validar esse algoritmo, eles usaram as informações de um banco de
dados genéticos e médicos do Reino Unido, o BioBank, que contava com o cadastro
de mais de 400 mil pessoas.
Com esse tipo de informação, os médicos podem tomar medidas preventivas
para essas doenças mais precocemente.
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