Não existe uma
explicação na literatura científica para dizer por que algumas pessoas suam
mais na cabeça do que outras. O couro cabeludo tem glândulas sudoríparas e
produz sebo de forma mais intensa do que o resto do corpo, assim como a axila
ou a área genital.
É normal suar quando se
está com calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações
específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo --isso porque o estresse libera hormônios como
adrenalina e cortisol, que aumentam a sudorese. Porém, a sudorese excessiva,
chamada de hiperidrose, ocorre mesmo sem a presença de qualquer desses fatores.
Isso acontece por diferentes fatores, como emocionais, hereditários ou doenças,
e não há como ser evitado. É preciso procurar um dermatologista para fazer o
diagnóstico correto da causa e tratá-la.
As pessoas com maior
tendência a manifestar a hiperidrose são as que estão acima do peso ou que tem
maior predisposição genética ao diabetes.
O controle de peso e da condição poderia ajudar, portanto, assim como o
controle do estresse.
Para controlar o
sintoma em si, são indicados o uso de cremes ou loções locais e a aplicação da
toxina botulínica, que é distribuída em pequenas quantidades na superfície do
couro cabeludo. Como as glândulas sudoríparas estão ligadas a um nervo,
responsável pela sudorese, o botox paralisa esse nervo, fazendo com que ele não
consiga agir. Assim, o suor diminui ou desaparece. No entanto, o efeito da
aplicação dura de 6 a 12 meses, depende da pessoa.
*** Fonte: Denise
Steiner, dermatologista e delegada brasileira do Comitê Científico do Cilad
(Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia); Tatiana Gabbi, médica
dermatologista do departamento de dermatologia do HC-FMUSP (Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e membro da SBD
(Sociedade Brasileira de Dermatologia); Silmara Cestari, dermatologista do Hospital
Sírio-Libanês.
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