terça-feira, 29 de outubro de 2019

7 MANERIAS DE REDUZIR O ESTRESSE...



Saiba o que pode ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e depressão.
        

Tremores, aumento da pressão arterial, insônia, dor de cabeça, irritabilidade e aceleração do ritmo cardíaco. Esses são alguns dos sintomas mais frequentes de um episódio de estresse, problema que afeta mais de 90% da população no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, reforça a importância de inserir hábitos mais saudáveis na rotina diária para evitar problemas graves, como doenças cardiovasculares e depressão, entre outros transtornos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o estresse é um dos responsáveis por mais de 130 milhões de infartos no Brasil.

“Apesar de ser uma resposta natural do corpo diante de uma situação de perigo ou de tensão, a manutenção desse estado por longos períodos pode causar danos sérios à saúde, à produtividade e, consequentemente, à qualidade de vida das pessoas”, alerta a especialista.

Como evitar o estresse?
Segundo Rita, é aí que está o problema. “Atualmente, com os estímulos da vida moderna e a rotina acelerada, é muito difícil conseguir escapar de situações que nos deixam estressados”, frisa.

O que as pessoas podem fazer, de acordo com a especialista do Hospital São Camilo, é avaliar o que pode ser modificado em suas rotinas para reduzir o estresse e fortalecer seu organismo para enfrentar as situações estressoras que não podem ser alteradas.

A psicóloga destaca 7 hábitos simples que ajudam a combater o estresse:

1 - Afaste-se quando sentir raiva.
Segundo Rita, sentir raiva é normal, mas a frequência dessa emoção pode ser um sintoma negativo. Podemos evitar que ela atinja picos e que nos coloquem em níveis elevados de estresse, mudando o cenário quando isso acontecer.

“Saia de perto da situação ou da pessoa que despertou esse sentimento em você, tente respirar profundamente algumas vezes e refletir com empatia sobre o que causou esse sentimento. Se possível, retorne só quando se sentir mais calmo”, sugere.

2 - Faça momentos de silêncio.
A especialista comenta que, sobretudo para quem vive nas áreas urbanas, o barulho pode ser um gatilho para o estresse. “O som dos carros, máquinas e equipamentos eletrônicos, entre outros, que mal percebemos no nosso dia-a-dia, nos mantêm em alerta permanente, a ponto que fica difícil relaxar”, frisa.

A dica neste caso é reservar alguns minutos para ficar em silêncio. “Feche os olhos, sente-se em uma posição confortável, longe de qualquer barulho e concentre-se apenas na sua respiração, antes de retomar as tarefas diárias. E tente conter os ruídos que surgirão de dentro de sua mente: os pensamentos”, destaca Rita.

3 - Presenteie-se com pequenos prazeres.
A psicóloga reforça que, diante de uma rotina exaustiva, uma dica para aliviar o estresse é fazer algo que desperte sensações de prazer e relaxamento. “Receber uma massagem de 15 minutos, almoçar com uma boa companhia, se permitir um mimo, uma sobremesa especial ou um cineminha no meio da semana são atividades simples, porém, com a consciência de que são intencionalmente gestos de autocuidado, podem contribuir com a nossa saúde mental”, ressalta.

4 - Repense a regra do "agora".
Avalie suas atividades e responsabilidades diárias e pense: tudo precisa ser resolvido agora? A especialista do Hospital São Camilo lembra que é saudável estabelecer prioridades na realização das tarefas, sejam elas pessoais ou profissionais. A recomendação é avaliar o que é necessário e o que é desejável.

“Negocie prazos possíveis, que você consiga atender com qualidade ou deixe claro o impacto da pressa na sua entrega. Sem pelo menos a tentativa de negociar acerca das expectativas dos outros e de si mesmo, as chances de desenvolver um quadro de estresse aumentam”.

5 - Valorize ambientes saudáveis para o trabalho.
Se o seu trabalho é entendido como a sua fonte de sofrimento, a profissional recomenda fazer uma sincera avaliação dos motivos pelos quais você continua nele.

“A crise econômica e a falta de emprego não devem tirar a expectativa das pessoas de procurar um ambiente profissional melhor para elas”, diz Rita, fazendo referência à Síndrome de Burnout, que atinge mais de 30% dos brasileiros segundo dados da International Stress Management Association (Isma). “Especialmente, porque as empresas já estão atentas a necessidade de desenvolver boas políticas internas de RH para reter os seus talentos”, lembra a psicóloga. 

6 - Peça ajuda.
“Nós somos seres coletivos, não precisamos fazer tudo sozinhos”, afirma. Ela explica que o hábito de pedir ajuda reduz a pressão e traz sensações de conforto, o que aumenta o bem-estar. Para quase todas as situações de crise intensas (doenças, mortes, separações, acidentes entre outras) a rede de apoio de uma pessoa é fator decisivo na sua superação.

O mesmo ocorre para as situações de estresse diária. Ao nos isolarmos, além de perder a perspectiva do nosso sofrimento (possivelmente intensificando-o) impedimos que o fluxo de amor, de atenção, de solidariedade das pessoas nos atinja, contagiando-nos positivamente. 

7 - Pratique atividades físicas e ou artísticas.
O nosso cérebro é estimulado em áreas diferentes quando estamos praticando esportes ou realizando atividades artísticas. Essa mudança na estimulação de hemisfério cerebral, pode produzir efeitos positivos para reduzir o estresse. Portanto, a psicóloga do Hospital São Camilo recomenda caminhar ou praticar esportes (que também libera endorfinas) e cantar, dançar, fotografar, cozinhar ou pintar. “Descubra o seu talento e explore coisas que goste de fazer”, finaliza.

Como ajudar crianças a se livrarem do estresse.
As crianças são particularmente vulneráveis ao estresse pós-desastre. Seus sintomas podem perdurar muito mais tempo do que em adultos, de acordo com especialistas em saúde mental.

As crianças também reagem a forma como os adultos se comportam em situações de estresse, portanto, é importante que os pais e cuidadores zelem pela sua própria saúde mental.

Os pais e outros cuidadores devem estar atentos aos sinais de problemas relacionados com o estresse e aprendam a lidar com os medos e comportamento incomum dos seus filhos.

Crianças menores de cinco anos podem chorar mais, tornarem-se mais pegajosas, ter pesadelos ou apresentar medo excessivo, como medo do escuro, medo de animais ou medo de estarem sozinhas. O apetite pode mudar. Elas podem apresentar dificuldades para falar ou reverter para comportamentos como molhar a cama ou chupar o dedo.

Crianças entre cinco e onze anos podem ficar cada vez mais irritadas, agressivas e competitivas com seus irmãos para ter a atenção dos pais.

As crianças mais velhas e adolescentes podem ser excessivamente rebeldes, apresentar problemas físicos e distúrbios do sono. Elas podem se envolver em comportamentos de risco, como dirigir perigosamente ou abusar de álcool e drogas.

Os sinais de ansiedade muitas vezes são resultado de perdas, problemas na vida familiar e a sensação de um mundo hostil criado por um desastre natural. Seguem abaixo algumas coisas que os pais podem fazer para ajudar a reduzir o estresse das crianças:

-- Limitar o tempo de TV. A cobertura intensa dos desastres pela mídia pode assustar as crianças jovens e também incomodar os adolescentes.

-- Dar a sua total atenção a cada criança, mesmo que seja por alguns minutos por dia. Compartilhar experiências. Reafirmar o seu amor. Faça planos juntos.

-- Pedir para as crianças descreverem seus sentimentos. Dar incentivos para falarem sobre o desastre e para perguntar o que elas quiserem. Ouvir o que elas têm a dizer. Reafirmar que o desastre foi um ato da natureza não causada por eles. Se possível, incluir toda a família na discussão.

-- Compreender os seus medos. É importante que os pais aceitem as ansiedades das crianças como se fossem reais para eles. Ajudá-los a compreender as causas de suas ansiedades e medos. Reconhecer a perda de animais de estimação, brinquedos favoritos e outros itens pessoais.

-- Manter as crianças informadas sobre o que está acontecendo com explicações simples. Com crianças maiores de cinco anos, praticar as medidas de segurança para usar em possíveis futuros desastres.

-- Tranquilizar as crianças. Os pais podem ajudar as crianças reafirmando que elas estão seguras. É útil restaurar as rotinas normais, proporcionar experiências de lazer e deixar a hora de dormir calmo e confortável.

-- Incentivar atividades com seus pares. Como ocorre com os adultos, passar tempo com os amigos é uma parte importante do processo de recuperação.

-- Diminuir temporariamente as suas expectativas para as crianças. Reconhecer que o estresse causado pelo desastre pode se manifestar de várias maneiras ao longo de um período de tempo, e fazer concessões apropriadas.

-- Entrar em contato com agências de saúde mental para obter informações e recursos adicionais.

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