Saiba o que pode ajudar
a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e depressão.
Tremores,
aumento da pressão arterial, insônia, dor de cabeça, irritabilidade e
aceleração do ritmo cardíaco. Esses são alguns dos sintomas mais frequentes de
um episódio de estresse, problema que afeta mais de 90% da população no mundo,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Rita
Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, reforça a
importância de inserir hábitos mais saudáveis na rotina diária para evitar
problemas graves, como doenças cardiovasculares e depressão, entre outros
transtornos.
De
acordo com o Ministério da Saúde, o estresse é um dos responsáveis por mais de
130 milhões de infartos no Brasil.
“Apesar
de ser uma resposta natural do corpo diante de uma situação de perigo ou de
tensão, a manutenção desse estado por longos períodos pode causar danos sérios
à saúde, à produtividade e, consequentemente, à qualidade de vida das pessoas”,
alerta a especialista.
Como
evitar o estresse?
Segundo
Rita, é aí que está o problema. “Atualmente, com os estímulos da vida moderna e
a rotina acelerada, é muito difícil conseguir escapar de situações que nos
deixam estressados”, frisa.
O
que as pessoas podem fazer, de acordo com a especialista do Hospital São
Camilo, é avaliar o que pode ser modificado em suas rotinas
para reduzir o estresse e fortalecer seu organismo para enfrentar as
situações estressoras que não podem ser alteradas.
A
psicóloga destaca 7 hábitos simples que ajudam a combater o estresse:
1
- Afaste-se quando sentir raiva.
Segundo Rita, sentir raiva é normal, mas a frequência dessa emoção pode ser um sintoma negativo. Podemos evitar que ela atinja picos e que nos coloquem em níveis elevados de estresse, mudando o cenário quando isso acontecer.
Segundo Rita, sentir raiva é normal, mas a frequência dessa emoção pode ser um sintoma negativo. Podemos evitar que ela atinja picos e que nos coloquem em níveis elevados de estresse, mudando o cenário quando isso acontecer.
“Saia
de perto da situação ou da pessoa que despertou esse sentimento em
você, tente respirar profundamente algumas vezes e refletir com empatia
sobre o que causou esse sentimento. Se possível, retorne só quando se
sentir mais calmo”, sugere.
2
- Faça momentos de silêncio.
A especialista comenta que, sobretudo para quem vive nas áreas urbanas, o barulho pode ser um gatilho para o estresse. “O som dos carros, máquinas e equipamentos eletrônicos, entre outros, que mal percebemos no nosso dia-a-dia, nos mantêm em alerta permanente, a ponto que fica difícil relaxar”, frisa.
A especialista comenta que, sobretudo para quem vive nas áreas urbanas, o barulho pode ser um gatilho para o estresse. “O som dos carros, máquinas e equipamentos eletrônicos, entre outros, que mal percebemos no nosso dia-a-dia, nos mantêm em alerta permanente, a ponto que fica difícil relaxar”, frisa.
A
dica neste caso é reservar alguns minutos para ficar em silêncio. “Feche os
olhos, sente-se em uma posição confortável, longe de qualquer barulho e
concentre-se apenas na sua respiração, antes de retomar as tarefas diárias. E
tente conter os ruídos que surgirão de dentro de sua mente: os pensamentos”,
destaca Rita.
3
- Presenteie-se com pequenos prazeres.
A psicóloga reforça que, diante de uma rotina exaustiva, uma dica para aliviar o estresse é fazer algo que desperte sensações de prazer e relaxamento. “Receber uma massagem de 15 minutos, almoçar com uma boa companhia, se permitir um mimo, uma sobremesa especial ou um cineminha no meio da semana são atividades simples, porém, com a consciência de que são intencionalmente gestos de autocuidado, podem contribuir com a nossa saúde mental”, ressalta.
A psicóloga reforça que, diante de uma rotina exaustiva, uma dica para aliviar o estresse é fazer algo que desperte sensações de prazer e relaxamento. “Receber uma massagem de 15 minutos, almoçar com uma boa companhia, se permitir um mimo, uma sobremesa especial ou um cineminha no meio da semana são atividades simples, porém, com a consciência de que são intencionalmente gestos de autocuidado, podem contribuir com a nossa saúde mental”, ressalta.
4
- Repense a regra do "agora".
Avalie suas atividades e responsabilidades diárias e pense: tudo precisa ser resolvido agora? A especialista do Hospital São Camilo lembra que é saudável estabelecer prioridades na realização das tarefas, sejam elas pessoais ou profissionais. A recomendação é avaliar o que é necessário e o que é desejável.
Avalie suas atividades e responsabilidades diárias e pense: tudo precisa ser resolvido agora? A especialista do Hospital São Camilo lembra que é saudável estabelecer prioridades na realização das tarefas, sejam elas pessoais ou profissionais. A recomendação é avaliar o que é necessário e o que é desejável.
“Negocie
prazos possíveis, que você consiga atender com qualidade ou deixe claro o
impacto da pressa na sua entrega. Sem pelo menos a tentativa de negociar acerca
das expectativas dos outros e de si mesmo, as chances de desenvolver um quadro
de estresse aumentam”.
5
- Valorize ambientes saudáveis para o trabalho.
Se o seu trabalho é entendido como a sua fonte de sofrimento, a profissional recomenda fazer uma sincera avaliação dos motivos pelos quais você continua nele.
Se o seu trabalho é entendido como a sua fonte de sofrimento, a profissional recomenda fazer uma sincera avaliação dos motivos pelos quais você continua nele.
“A
crise econômica e a falta de emprego não devem tirar a expectativa das pessoas
de procurar um ambiente profissional melhor para elas”, diz Rita,
fazendo referência à Síndrome de Burnout, que atinge mais de 30% dos
brasileiros segundo dados da International Stress Management
Association (Isma). “Especialmente, porque as empresas já estão
atentas a necessidade de desenvolver boas políticas internas de RH para reter
os seus talentos”, lembra a psicóloga.
6
- Peça ajuda.
“Nós somos seres coletivos, não precisamos fazer tudo sozinhos”, afirma. Ela explica que o hábito de pedir ajuda reduz a pressão e traz sensações de conforto, o que aumenta o bem-estar. Para quase todas as situações de crise intensas (doenças, mortes, separações, acidentes entre outras) a rede de apoio de uma pessoa é fator decisivo na sua superação.
“Nós somos seres coletivos, não precisamos fazer tudo sozinhos”, afirma. Ela explica que o hábito de pedir ajuda reduz a pressão e traz sensações de conforto, o que aumenta o bem-estar. Para quase todas as situações de crise intensas (doenças, mortes, separações, acidentes entre outras) a rede de apoio de uma pessoa é fator decisivo na sua superação.
O
mesmo ocorre para as situações de estresse diária. Ao nos isolarmos, além de
perder a perspectiva do nosso sofrimento (possivelmente intensificando-o)
impedimos que o fluxo de amor, de atenção, de solidariedade das pessoas nos
atinja, contagiando-nos positivamente.
7
- Pratique atividades físicas e ou artísticas.
O nosso cérebro é estimulado em áreas diferentes quando estamos praticando esportes ou realizando atividades artísticas. Essa mudança na estimulação de hemisfério cerebral, pode produzir efeitos positivos para reduzir o estresse. Portanto, a psicóloga do Hospital São Camilo recomenda caminhar ou praticar esportes (que também libera endorfinas) e cantar, dançar, fotografar, cozinhar ou pintar. “Descubra o seu talento e explore coisas que goste de fazer”, finaliza.
O nosso cérebro é estimulado em áreas diferentes quando estamos praticando esportes ou realizando atividades artísticas. Essa mudança na estimulação de hemisfério cerebral, pode produzir efeitos positivos para reduzir o estresse. Portanto, a psicóloga do Hospital São Camilo recomenda caminhar ou praticar esportes (que também libera endorfinas) e cantar, dançar, fotografar, cozinhar ou pintar. “Descubra o seu talento e explore coisas que goste de fazer”, finaliza.
Como
ajudar crianças a se livrarem do estresse.
As
crianças são particularmente vulneráveis ao estresse pós-desastre. Seus
sintomas podem perdurar muito mais tempo do que em adultos, de acordo com
especialistas em saúde mental.
As
crianças também reagem a forma como os adultos se comportam em situações de
estresse, portanto, é importante que os pais e cuidadores zelem pela sua
própria saúde mental.
Os
pais e outros cuidadores devem estar atentos aos sinais de problemas
relacionados com o estresse e aprendam a lidar com os medos e comportamento
incomum dos seus filhos.
Crianças
menores de cinco anos podem chorar mais, tornarem-se mais pegajosas, ter
pesadelos ou apresentar medo excessivo, como medo do escuro, medo de animais ou
medo de estarem sozinhas. O apetite pode mudar. Elas podem apresentar
dificuldades para falar ou reverter para comportamentos como molhar a cama ou
chupar o dedo.
Crianças
entre cinco e onze anos podem ficar cada vez mais irritadas, agressivas e
competitivas com seus irmãos para ter a atenção dos pais.
As
crianças mais velhas e adolescentes podem ser excessivamente rebeldes,
apresentar problemas físicos e distúrbios do sono. Elas podem se envolver em
comportamentos de risco, como dirigir perigosamente ou abusar de álcool e
drogas.
Os
sinais de ansiedade muitas vezes são resultado de perdas, problemas na vida
familiar e a sensação de um mundo hostil criado por um desastre natural. Seguem
abaixo algumas coisas que os pais podem fazer para ajudar a reduzir o estresse
das crianças:
--
Limitar o tempo de TV. A cobertura intensa dos desastres pela mídia pode
assustar as crianças jovens e também incomodar os adolescentes.
--
Dar a sua total atenção a cada criança, mesmo que seja por alguns minutos por
dia. Compartilhar experiências. Reafirmar o seu amor. Faça planos juntos.
--
Pedir para as crianças descreverem seus sentimentos. Dar incentivos para
falarem sobre o desastre e para perguntar o que elas quiserem. Ouvir o que elas
têm a dizer. Reafirmar que o desastre foi um ato da natureza não causada por
eles. Se possível, incluir toda a família na discussão.
--
Compreender os seus medos. É importante que os pais aceitem as ansiedades das
crianças como se fossem reais para eles. Ajudá-los a compreender as causas de
suas ansiedades e medos. Reconhecer a perda de animais de estimação, brinquedos
favoritos e outros itens pessoais.
--
Manter as crianças informadas sobre o que está acontecendo com explicações simples.
Com crianças maiores de cinco anos, praticar as medidas de segurança para usar
em possíveis futuros desastres.
--
Tranquilizar as crianças. Os pais podem ajudar as crianças reafirmando que elas
estão seguras. É útil restaurar as rotinas normais, proporcionar experiências
de lazer e deixar a hora de dormir calmo e confortável.
--
Incentivar atividades com seus pares. Como ocorre com os adultos, passar tempo
com os amigos é uma parte importante do processo de recuperação.
--
Diminuir temporariamente as suas expectativas para as crianças. Reconhecer que
o estresse causado pelo desastre pode se manifestar de várias maneiras ao longo
de um período de tempo, e fazer concessões apropriadas.
--
Entrar em contato com agências de saúde mental para obter informações e
recursos adicionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário