Valentina Milluzzo
morreu em 2016. Ela estava grávida de gêmeos, mas os especialistas já sabiam
que os bebês não tinham chance de sobrevivência.
Ainda assim, sete
médicos se recusaram a fazer o aborto e a salvar a vida de Milluzzo. Agora,
esses sete médicos serão julgados por homicídio doloso, quando há a intenção de
matar.
Na Itália, o aborto é
legalizado desde 1978, contudo os profissionais podem se recusar a fazer o
procedimento alegando "objeção moral".
O chefe do departamento
de obstetrícia do hospital de Cannizzaro, onde Milluzzo morreu, afirmou na
época que a morte não foi causada pela postura dos médicos e que eles seguiram
o protocolo.
Já Salvatore, o pai de
Valentina, diz que isso é mentira. "O médico me disse 'olha, não existe
esperança para os bebês, mas mesmo que a Valentina esteja sofrendo, nós não
podemos fazer nenhuma intervenção enquanto ouvirmos os corações dos
bebês", afirmou ao jornal inglês Financial Times.
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