Aproximadamente 900
crianças foram diagnosticadas com HIV em uma cidade do Paquistão. O principal
suspeito é um médico que estaria reutilizando agulhas, porém as autoridades
apostam que há outras causas por trás. As informações são do jornal americano
"The New York Times".
Em abril deste ano, a
cidade de Ratodero reportou uma epidemia de HIV que afetava majoritariamente
crianças. Quando as autoridades de saúde começaram a investigar o caso, elas
notaram que muitas das crianças infectadas haviam consultado o médico Muzaffar
Ghanghro, conhecido por cobrar barato pelos atendimentos.
Após exames, foram
encontrados 1.100 casos de HIV-positivo, com aproximadamente 900 deles sendo
crianças abaixo dos 12 anos. No entanto, acredita-se que o número deve ser
muito maior, já que apenas uma pate da população fez os exames até o momento.
Ao NYT, o paquistanês
Imtiaz Jalbani's contou que todos os seus seis filhos consultavam com o médico.
Quatro atestaram positivo para o vírus e duas de suas filhas, de 14 e 3 anos,
morreram.
Ele relatou ter visto o
médico procurar no lixo uma seringa para aplicar em seu filho de seis anos. Ao
ser questionado, o médico alegou que estava usando uma seringa velha porque
Jalbani era muito pobre para pagar por uma nova, e sugeriu que o homem
procurasse outro médico se caso não quisesse o atendimento.
Ghanghro foi preso
acusado de negligência e homicídio culposo, mas ainda não foi sentenciado. Em
entrevista ao NYT, o médico alegou ser inocente.
Apesar das acusações,
Ghanghro conseguiu renovar sua licença médica e trabalha em um hospital do
governo.
As autoridades de saúde
haviam apontado inicialmente apenas o médico como causa da epidemia. No
entanto, agora eles afirmam que outras práticas anti-higiênicas na cidade podem
estar por trás, como a reutilização de navalhas em barbearias e equipamentos
ortodônticos não esterilizados.
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