SÃO
PAULO (Reuters) - As contas de luz terão cobrança
adicional em novembro, quando será acionada a bandeira tarifária vermelha nível
1 para as tarifas devido à expectativa de menor produção nas hidrelétricas,
principal fonte de geração no Brasil, informou a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) na sexta-feira (25).
As bandeiras resultam
em cobranças adicionais para os consumidores quando saem do patamar verde para
o amarelo ou vermelho, variando de acordo com a oferta de energia para
sinalizar maiores custos de geração no sistema.
A definição da bandeira
para o próximo mês foi influenciada por previsão de chuvas abaixo da média nos
principais reservatórios hídricos, mesmo com novembro sendo o mês de início do
chamado "período úmido" na região das hidrelétricas do país, de
acordo com a Aneel.
As vazões abaixo da
média histórica nos reservatórios deverão exigir maior acionamento do parque de
termelétricas, que têm custo de geração superior, explicou a agência.
Em outubro, o peso das
bandeiras sobre as contas de luz foi menor, devido ao acionamento do patamar
amarelo para o mecanismo tarifário. Antes, ainda no período seco, o Brasil teve
dois meses de bandeira vermelha nível 1.
As bandeiras passaram a
ser aplicadas pela Aneel nas contas de luz partir de 2015, com o objetivo de
sinalizar aos consumidores a oferta de energia e repassar de imediato às
tarifas alguns custos que eram carregados pelas distribuidoras e repassados
posteriormente aos clientes, no momento de reajustes tarifários anuais.
O mecanismo sofreu
forte oposição de alguns políticos, mas a agência reguladora chegou a acordo
neste mês com parlamentares para a retirada de um projeto de decreto legislativo
que visava acabar com as bandeiras.
Em meio ao entendimento
com os parlamentares, as cobranças adicionais disparadas pelas bandeiras
sofreram leve reajuste, com a Aneel deixando de arredondar os valores.
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Por Luciano Costa.
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