A Defesa Civil e o
Ministério da Saúde publicaram nesta sexta-feira, 25, uma cartilha com
orientações a voluntários que participam da limpeza de óleo nas praias. Segundo
o texto, a inalação de vapores do poluente pode causar dificuldades de
respiração e dor de cabeça. Já o contato direto com o material pode levar a
manchas na pele e inchaço. Sobre a exposição de longo prazo ao óleo, a
publicação alerta para o risco de câncer e infertilidade.
A cartilha, porém, não
especifica qual é o período de exposição necessário para o surgimento de
doenças mais severas. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, consequências
mais graves da exposição ao poluente são mais comuns em trabalhadores do setor
petroquímico.
Nos últimos dias,
voluntários e pescadores têm relatado sintomas como dor de cabeça, náuseas e
tontura – reações a curto prazo também listadas no material do governo. A
Secretaria Estadual de Pernambuco havia registrado, até anteontem, 19 casos de
intoxicação com suspeita de relação com o óleo. Para quem vai ajudar na remoção
dos poluentes nas praias, é necessário usar equipamentos de proteção, como
luvas e galochas.
A cartilha recomenda
ainda que profissionais de saúde registrem casos suspeitos e confirmados de
intoxicação exógena no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan). O
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou anteontem que não há alerta
do governo e que ainda serão feitos estudos sobre os efeitos do óleo na cadeia
alimentar.
A publicação recomenda
ainda seguir as orientações da vigilância sanitária das regiões afetadas sobre
o consumo de peixes e frutos do mar. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) afirma que não há proibição para a comercialização de
pescados do Nordeste, mas “autoridades estaduais podem definir restrições”
diante da situação específica de cada localidade.
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