A Polícia Civil vai investigar o sumiço do corpo de um recém-nascido que
morreu horas após o parto, mas teve o corpo retirado da maternidade e
incinerado por engano, por uma empresa terceirizada, em Aparecida de Goiânia,
cidade localizada na região metropolitana de Goiânia.
De acordo com o boletim de ocorrência, o filho de Rogério Cardoso de
Almeida e Juliana Fernandes nasceu prematuro, no sétimo mês de gestação, na
Maternidade Marlene Teixeira, na última quinta-feira (24). O atestado de óbito
da criança informa que a morte foi constatada ontem, cerca de 12 horas após o
nascimento, por problemas respiratórios.
Para a polícia, os pais do recém-nascido afirmaram ter visto o corpo do
filho na maternidade, porém, o pai precisou sair para resolver as pendências do
velório e do enterro. Quando retornou para buscar o corpo com o SVO (Serviço de
Verificação de Óbitos), o bebê havia desaparecido. A família estava sem
notícias do paradeiro do corpo da criança desde ontem.
Por volta das 6h30 deste sábado, a Secretaria Municipal de Saúde de
Aparecida de Goiânia confirmou que o corpo ainda não havia sido localizado e
disse que estava colaborando com as investigações da polícia.
Mais tarde, a pasta confirmou, por meio de nota oficial, que, por engano,
o corpo do recém-nascido havia sido retirado da maternidade e incinerado.
"Por meio do que foi apurado chegou-se ao indicativo de que a
empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um
equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração", diz um trecho
da nota.
A secretaria afirmou, ainda, que não houve erro da maternidade. "A
equipe da maternidade procedeu conforme protocolo e acondicionou o corpo,
devidamente identificado, em local adequado até a vinda da empresa
funerária."
Em entrevista ao jornal local Anhanguera, o pai lamentou não poder
enterrar o filho. "Já estou sofrendo muito porque perdi meu bebê e agora
não tem nem corpo, não posso nem enterrar meu filho com dignidade",
afirmou Almeida.
A Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que lamenta o ocorrido e que
está prestando apoio à família. A pasta disse, ainda "que irá aplicar
junto aos responsáveis pelo erro todas as sanções cabíveis".
A reportagem entrou em contato com a empresa responsável pela coleta de
resíduos na maternidade, a Resíduo Zero Ambiental, que, segundo a Secretaria de
Saúde, levou o corpo do recém-nascido por engano para incinerar. Porém, até o
fechamento desta reportagem, a empresa não respondeu às ligações nem aos e-mails
enviados.
O caso continua sendo investigado pela DPCA (Delegacia de Proteção à
Criança e ao Adolescente).
Nenhum comentário:
Postar um comentário