Efeito
estaria relacionado à maneira como o consumo de alimentos é processado pelo
cérebro.
Noites mal dormidas
estimulam desejo por comida não saudável, aponta um estudo da Universidade de
Colônia. De acordo com os pesquisadores da instituição alemã, o efeito estaria
relacionado à maneira como o consumo de alimentos é processado pelo cérebro.
Publicada no Jornal de
Neurociência, a pesquisa observou 32 homens saudáveis com idades entre 19 e 33
anos que jantaram macarrão com vitela, uma maçã e iogurte de morango por
determinado intervalo de tempo. Em semanas alternadas, metade dos voluntários
voltou para casa e dormiu enquanto a outra ficou acordada no laboratório.
Ao se reunirem pela
manhã, o nível de fome dos participantes era medido a partir de questionários e
coleta de sangue. Além disso, eles também participavam de um jogo onde imagens
de itens comestíveis e não comestíveis — 24 de cada — eram exibidas.
Monitorando a atividade cerebral de cada um, os pesquisadores perguntavam,
então, quanto os voluntários estariam dispostos a pagar, numa escala de zero a
três euros, por cada item.
O mesmo nível de fome
foi registrado tanto para o grupo que descansou quanto para o que ficou
acordado durante a noite. No entanto, aqueles privados de sono estavam mais
dispostos a pagar mais pela comida não-saudável do que os que dormiram — e a
ressonância que os acompanhava mostrou esse empenho. Coincidentemente, as taxas
de "hormônio da fome" também estavam mais altas nesses indivíduos.
Christian Benedict,
neurocientista da Universidade de Uppsala, na Suécia, atribuiu a reação ao fato
de que indivíduos privados de sono usam mais energia, o que faz o cérebro
emitir sinais que incentivam a compulsão por comida. — Mas ter uma alimentação
saudável não é apenas sobre o sono. Atividade física e dieta balanceada também
são importantes para se manter em boas condições — completou ele.
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