segunda-feira, 29 de junho de 2020

É FALSO QUE ASPIRINA CURA COVID-19...


FONTE: Agência Alagoas,https://leiamais.ba/

Segundo médico infectologista, medicamento pode até agravar o quadro do paciente.

               

Circula nos grupos de WhatsApp de Alagoas uma mensagem, em áudio, afirmando que o novo coronavírus não seria um vírus, mas sim uma bactéria. O conteúdo compartilhado ainda diz que a Covid-19 poderia ser curada com o uso de aspirina. As informações são falsas.

“Somente um país do mundo vai denunciar a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Itália. Eles sabem que não é um vírus, mas uma bactéria. Com a simples aspirina se cura esse mal que matou tanta gente. Curado com remédio em casa, nada de hospital”, diz um trecho do áudio.

Em uma página especial, criada pelo Ministério da Saúde da Itália para esclarecer questões relacionadas ao assunto, o órgão deixa claro que o novo coronavírus é um vírus, batizado de SARS-CoV-2, termo escolhido pela OMS.

As autoridades italianas também destacam que existem vários tipos de coronavírus, capazes de infectar humanos e animais, mas o SARS-Cov-2 foi uma descoberta recente. “Um novo coronavírus é uma nova cepa de coronavírus que nunca foi identificada anteriormente em seres humanos. Em particular, o chamado SARS-CoV-2 (anteriormente 2019-nCoV), nunca foi identificado antes de ser relatado em Wuhan, China, em dezembro de 2019”, diz o Ministério da Saúde da Itália.

Sobre o uso de aspirina, o médico infectologista Renê Oliveira é contundente ao falar que não há qualquer relação ou evidência científica de que o medicamento cure ou trate pessoas com o novo coronavírus.

“Não tem qualquer relação. Neste caso, a aspirina pode até agravar. Fazer o uso sem recomendação médica pode, inclusive, levar o paciente a um estado complicado de saúde. Por exemplo, nos casos de dengue, o uso desse medicamento pode levar o paciente a ter uma hemorragia”, explicou o especialista.

Em 19 de abril, a OMS publicou um resumo científico que atesta que não há evidências científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos anti-inflamatórios, como é o caso da aspirina.

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