Segundo médico
infectologista, medicamento pode até agravar o quadro do paciente.
Circula nos grupos de
WhatsApp de Alagoas uma mensagem, em áudio, afirmando que o novo coronavírus
não seria um vírus, mas sim uma bactéria. O conteúdo compartilhado ainda diz
que a Covid-19 poderia ser curada com o uso de aspirina. As informações são
falsas.
“Somente um país do
mundo vai denunciar a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Itália. Eles sabem
que não é um vírus, mas uma bactéria. Com a simples aspirina se cura esse mal
que matou tanta gente. Curado com remédio em casa, nada de hospital”, diz um
trecho do áudio.
Em uma página especial,
criada pelo Ministério da Saúde da Itália para esclarecer questões
relacionadas ao assunto, o órgão deixa claro que o novo coronavírus é um vírus,
batizado de SARS-CoV-2, termo escolhido pela OMS.
As autoridades
italianas também destacam que existem vários tipos de coronavírus, capazes de
infectar humanos e animais, mas o SARS-Cov-2 foi uma descoberta recente. “Um
novo coronavírus é uma nova cepa de coronavírus que nunca foi identificada
anteriormente em seres humanos. Em particular, o chamado SARS-CoV-2
(anteriormente 2019-nCoV), nunca foi identificado antes de ser relatado em
Wuhan, China, em dezembro de 2019”, diz o Ministério da Saúde da Itália.
Sobre o uso de
aspirina, o médico infectologista Renê Oliveira é contundente ao falar que não
há qualquer relação ou evidência científica de que o medicamento cure ou trate
pessoas com o novo coronavírus.
“Não tem qualquer
relação. Neste caso, a aspirina pode até agravar. Fazer o uso sem recomendação
médica pode, inclusive, levar o paciente a um estado complicado de saúde. Por
exemplo, nos casos de dengue, o uso desse medicamento pode levar o paciente a
ter uma hemorragia”, explicou o especialista.
Em 19 de abril, a
OMS publicou um resumo científico que atesta que não há evidências
científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos anti-inflamatórios, como
é o caso da aspirina.
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