FONTE:, https://extra.globo.com/
Um urso marrom foi
condenado à pena de morte após atacar um pai e um filho que faziam caminhada no
Monte Peller, no norte de Trento, na Itália. Fabio Misseroni, de 59 anos, e seu
filho Christian Misseroni, de 28, andavam pela trilha quando o urso apareceu. O
caso ocorreu no dia 22 de junho. Primeiro, o animal atacou o jovem. Ao ver o
filho em perigo, o pai entrou em combate com o urso.
Enquanto o bicho estava
em seu pai, Christian bateu palmas para distraí-lo e, depois, o animal saiu
para a floresta. Fabio teve a perna quebrada em três lugares.
"Ele se lançou
contra o meu filho. Naquele momento, fui atrás dele para defender Christian.
Ele mordeu minha perna, depois meu braço, depois minha outra mão", disse o
pai em entrevista ao jornal italiano "L'Adige".
Depois do ataque,
governador de Trento, Maurizio Fugatti, anunciou que ordenaria a morte do urso.
Investigadores estão tentando identificar o DNA do animal a partir de
fragmentos de pelos e da saliva deixados nos ferimentos de Fabio.
"Queremos dialogar
com o ministério [do Meio ambiente] mas sabendo que temos uma lei que nos dá
ampla margem de manobra para gestão dos grandes carnívoros", afirmou o
governador.
A ordem dada por
Fugatti causou revolta em um grupo de ativistas. Eles são contra o abatimento
do urso, pelo menos até que as circunstâncias para o acontecido estejam
esclarecidas. O "Animalisti Italiani" informou que se a decisão do
governador se confirmar, os integrantes vão pedir a suspensão da pena de morte.
Assim como os
ativistas, o Fundo Mundial para a Natureza também fez o mesmo pedido para
Fugatti. A instituição também alega que ainda não se sabe se os humanos
provocaram o urso ou não — o que eles negam. A ONG lançou uma espécie de
petição contra a morte do animal, que já contava com mais de 15 mil
assinaturas.
De acordo com a agência
de notícias "Ansa", o ministro do Meio Ambiente da Itália, Sergio
Costa, demonstrou apoio a tentativa de preservar a vida do animal até que a
investigação seja concluída.
"Somente após a
coleta de certas informações científicas sobre o animal envolvido no incidente
com os dois cidadãos será possível avaliar soluções técnicas que, na minha
opinião, não devem ser a eliminação", escreveu ele em uma carta ao
governador.
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