sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

POLÍCIA CIVIL DO RIO INDICIA RAMÍREZ POR INJÚRIA CONTRA GERSON...

FONTE: Da Redaçãoredacao@correio24horas.com.br, https://www.correio24horas.com.br/

Em nota, polícia disse que coletou depoimentos, além documentos e imagens da partida.


A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o meia Ramírez, do Bahia, por injúria racial contra o volante Gerson, do Flamengo. Um inquérito já havia sido instaurado um dia após a acusação.

Em nota, a Polícia Civil informou que todas as testemunhas foram ouvidas e que o inquérito se baseou ainda na súmula e imagens do jogo que comprovam a indignação imediata de Gerson.

A nota informou que Ramírez negou a acusação, afirmando que teria falado "joga rápido", ao atleta do Flamengo.

Além da esfera criminal, um outro inquérito foi aberto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no qual o órgão apura se oferecerá ou não denúncia contra o jogador do Bahia. No entanto, o caso deve ser encerrado, já que Gerson e os jogadores do Flamengo não compareceram na audiência em que prestariam depoimento sobre o caso.

O STJD avalia ainda punir o flamengo pela falta caso fique comprovada a infração dos jogadores da equipe carioca. Vale lembrar que foi o próprio Flamengo que sugeriu a data dos depoimentos de Gerson, Nathan e Bruno Henrique, os dois últimos intimados como testemunhas.

O caso.
Durante a partida entre Bahia e Flamengo, vencida pelo time carioca por 4x3, em dezembro do ano passado, no Maracanã, Gerson acusou o colombiano Ramírez de ter falado "cala boca, negro!".

No momento do suposto ocorrido, houve uma grande discussão no campo, que resultou também em acusação na esfera criminal, investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.

"O Ramirez, quando tomamos acho que o segundo gol, o Bruno fingiu que ia chutar a bola e ele reclamou com o Bruno. Eu fui falar com ele e ele falou bem assim para mim: "Cala a boca, negro". Eu nunca falei nada disso, porque nunca sofri. Mas isso aí eu não aceito", acusou Gerson em entrevista pós-jogo.

"Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que” jogue rápido, por favor”, "vamos irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "joga rápido, irmão", se defendeu Ramírez.

Ramírez chegou a ser afastado das atividades pelo Bahia, enquanto uma apuração interna foi realizada pelo clube. na leitura labial feita por especialistas contratados pelo tricolor, foi constatado que o jogador não usou a palavra "negro" durante os diálogos.

Sem a comprovação de que o colombiano havia cometido a injúria, Ramírez foi reintegrado ao elenco do Bahia e vem sendo peça importante na luta do Esquadrão para escapar do rebaixamento.

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