FONTE: , Eduardo Nunes, https://www.msn.com/
A alimentação é um pilar essencial na saúde do
organismo. Responsável por fornecer a energia e os nutrientes necessários para
o funcionamento correto do corpo, os alimentos ingeridos também tem forte
relação com a velocidade do envelhecimento da pele e o agravamento de doenças
como psoríase, lúpus e vitiligo.
De
acordo com um estudo comandado pela Universidade do Colorado, nos Estados
Unidos, que revisou registros hospitalares e mais de quatro mil pesquisas
publicadas ao redor do mundo entre 1980 e 2013, as doenças de pele ocupam
a quarta colocação na classificação de fatores incapacitantes.
O nutrólogo e
dermatologista Dr. Rafael Soares explica que há uma relação direta entre a saúde da
pele e os hábitos alimentares. Doenças inflamatórias crônicas que atingem esse
órgão, tais quais psoríase e lúpus, podem ser desencadeadas ou agravadas pela
ingestão excessiva comidas com níveis glicêmicos altos e gorduras saturadas.
“Quando
diminuímos o ambiente inflamatório do organismo e seus gatilhos, há um melhor
cenário de controle das doenças. Existem dietas específicas para cada
caso, sendo necessário um acompanhamento individual para que o paciente consiga
ter no cardápio uma seleção de alimentos efetivos na prevenção
e contenção dos problemas relacionados à pele”, explica.
A
alimentação com baixo poder inflamatório também pode trazer outro benefício à
cútis: desaceleração do envelhecimento. Para essa finalidade, Dr. Rafael Soares
destaca que alimentos antioxidantes são os mais eficientes. “Um exemplo são os
alimentos ricos em betacaroteno, reconhecidos pela coloração amarela ou
laranja, que é um polímero de vitamina A capaz de aumentar a proteção da pele
contra a radiação ultravioleta. Quando a pessoa tem níveis elevados e
circulantes de betacarotenos na corrente sanguínea, ela tende a envelhecer
menos”, comenta o médico.
Da
mesma forma, alimentos roxos e azulados são ricos em antocianinas,
potentes antioxidantes que podem reverter alguns dos danos causados pelo
envelhecimento na pele. “Essa substância diminui a degradação do colágeno, além
de melhorar a qualidade do produzido, o que traz uma maior jovialidade para a
pele”, explica.
O
médico ressalta que, de maneira geral, uma alimentação com baixos níveis de
carboidratos e açúcares (que possuem alto índice glicêmico) e rica em
variedade proteica e de gorduras saudáveis reduz o envelhecimento do
tipo glicação, que é a ligação das proteínas do corpo com os açúcares.
“Essa ligação tira a propriedade estrutural da proteína, fazendo com que ela
seja inativada e deixe de fazer suas funções. A consequência é que a pele
começa a passar por um envelhecimento significativo e acelerado”, aponta.
Fatores
como exposição excessiva aos raios solares e sono de baixa qualidade também
precisam ser considerados como agentes do envelhecimento, além da alimentação.
“Suplementação, organização nutricional e otimização hormonal também podem ser
recomendados por um profissional da saúde para diminuir crises de doenças de
pele e envelhecimento precoce. A consulta com um médico é fundamental para
avaliar as necessidades individuais de cada corpo”, ressalta Dr. Rafael Soares
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