FONTE: Felipe Munhoz, Colaboração para o UOL, em Lençóis (BA), https://noticias.uol.com.br/
Há
dez anos, Rodrigo Santos Mota, 22 anos, começou uma luta que ainda não teve fim. A
família do jovem de Ipiaú (BA), a 360 km ao sul de Salvador, desconfiou que tinha
alguma coisa errada com o crescimento do menino que já media 1,70 m aos 12 anos
— a média nacional para a idade varia de 1,36 m a 1,56 m. Hoje, com 2,23 m,
Rodrigo afirmou ao UOL que já sofreu depressão e bullying
neste período e que, depois de passar por muitos médicos, segue em busca de uma
"solução certa".
"O
que mais ouvi foi que tenho um pequeno tumor no cérebro que faz eu ter muito
hormônio, provocando o crescimento excessivo. Alguns falavam que eu tinha que
fazer cirurgia para retirar, outros falavam que só um remédio ajudaria",
disse Rodrigo, que atualmente está desempregado.
O
jovem nunca foi operado e chegou a tomar remédios quando era adolescente.
"Só uma vez que passaram um remédio, mas eu tinha uns 14 anos. Depois
disso, só exame em cima de exame. Vários diagnósticos e nenhuma solução certa
mesmo", lamentou.
No
último diagnóstico que teve, há cerca de dois anos, os médicos do Hospital das
Clínicas de Salvador disseram que o crescimento havia parado e que ele não
corria mais riscos. "Eles falaram que eu já havia parado de crescer, que
os ossos já tinham juntado, como eles falam", lembrou Rodrigo.
Porém,
o jovem nem sempre recebeu boas notícias e, somado ao bullying que sofria na
escola, precisou de ajuda psicológica.
"Já
entrei até em depressão por tantas doenças que diziam que eu tinha, que poderia
morrer, e pelo fato de ser muito novo na época. Usei remédio por um bom tempo.
Hoje, graças a Deus, a mente é outra", contou.
Com
a alta estatura, além dos problemas vividos, o jovem também tinha dificuldade
para dormir, já que não encontrava uma cama adequada. Mas, agora, agradece pelo
novo momento que vive. "Consegui uma cama feita sob medida. Ajuda muito,
pois tem como dormir mais confortável", comentou Rodrigo.
A
pandemia do novo coronavírus dificultou as coisas, e o jovem anseia retornar logo ao
médico para fazer uma nova avaliação.
"Nesse momento, preciso retornar para a clínica para ver como está a situação. Fisicamente a gente acha que está bem, mas o interior mesmo só Deus sabe", refletiu Rodrigo.
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