FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O presidente do Fundo
Mundial para a Hepatite (World HepatitisFund), entidade mundial com sede em Nova York, o
brasileiro Humberto Silva, considera “uma
verdadeira catástrofe" o cenário da doença no mundo. Hoje existem
meio bilhão de pessoas no planeta que carregam os vírus. Mas, apenas cerca de
5% delas sabem que estão contaminadas. No Brasil, o número de contaminados pode
ser de 5 milhões de pessoas.
Há países como o Egito, onde a
prevalência da Hepatite C é de 12% oficiais, mas, extra-oficialmente, esse
número pode ultrapassar os 22% de toda a população. Isto se deve a uma campanha
mal-sucedida de vacinação contra a esquistossomose, onde usou-se seringas de
vidro e mal-esterilizadas. Em vez de prevenir uma
epidemia, espalhou-se outra, muito maior. "O mundo tem que voltar sua atenção
para as hepatites, e encará-la como uma doença para ser descoberta pelos
governos, pois o portador, sozinho, nunca conseguirá descobrir",
disse Humberto Silva.
Os vírus das Hepatites B e C (os
mais graves) ficam décadas no organismo, sem sintomas. E, de
acordo com o CDC (Center for Diseases
Control and Preventiion) do Ministério da Saúde dos EUA, todos as pessoas
nascidas entre 1945 e 1965 tem que fazer o teste da Hepatite C pelo menos uma
vez na vida, pois tem 5
vezes mais chances de estarem contaminadas, sem saber.
Em observação à data oficial de 28 de
Julho, para o dia mundial da Hepatite, diversos setores ligados à defesa da
saúde estão encaminhando apelos aos líderes mundiais
para que sejam feitas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para as
Hepatites B e C.
A Organização Mundial de Saúde, afirmou,
através da diretora do setor de pandemias, Sylvie Briand, que muita
coisa ainda precisa ser feita, em termos de política de saúde, a fim de salvar
as pessoas que sofrem das formas de hepatite (principalmente a B e a C) e que
isto reduziria também, drasticamente o custo que os governos tem com
hospitalização, tratamento em fase tardia da doença e transplante de fígado.
As hepatites B e C são responsáveis por 80%
dos casos de câncer de fígado e cirrose hepática no mundo.
Ambas as doenças permanecem sem sintomas
por décadas no indivíduo. Quando ele percebe a infecção, geralmente é tarde
demais e o fígado já está consumido pelo vírus. O recurso, nessa fase, é o
transplante, que embora com boas chances de sucesso é um processo extremamente delicado e com
risco de vida.
Além disso, muitos pacientes não conseguem esperar por um
transplante, morrendo antes aparecer um órgão doado.
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