FONTE: Aline Leal e Yara Aquino / Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Das 18.450 inscrições registradas pelo
Programa Mais Médicos, 8.307 apresentaram números inválidos de registros em
conselhos regionais de medicina, o equivalente a mais de 45% do total.
Perguntado se o dado está
relacionado à suspeita de sabotagem ao programa, organizada por meio das
redes sociais, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que entre as
inconsistências pode haver casos de erros de digitação e inscrição de
profissionais recém-formados, que ainda não têm o registro atualizado
nos conselhos regionais de Medicina (CRMs) e podem corrigir os dados até
domingo (28/07).
Os médicos brasileiros tem até a meia-noite
de domingo (28) para finalizar o cadastro, corrigir dados e concluir a entrega
dos documentos. Os estrangeiros terão até 8 de agosto para entregar os
documentos.
"O Ministério da Saúde criou
filtros para impedir que uma pessoa que não queira atender a população na periferia
e municípios do interior possa atrasar a chegada de médicos para essa
população. Esse filtro identificou que tem 8 mil CRMs inconsistentes, e eles
têm até o dia 28 para corrigir e confirmar os dados. Têm médicos que o CRM foi
emitido esta semana. Esse filtro é para proteger o médico que quer ir
trabalhar na periferia das grandes cidades e no interior, para que não tenha a
vaga ocupada por outro que não queira de fato trabalhar nessa região, e
sobretudo proteger a população que está esperando esse médico o mais rápido
possível", disse Padilha.
"Temos que esperar até
domingo para ver que médicos realmente têm interesse em atender. Temos que ver também
outros vínculos dos profissionais com hospitais e ver quais realmente querem
atender nas periferias e interior do país", acrescentou.
Após receber denúncias de que
grupos estariam se mobilizando nas redes sociais para inviabilizar o programa,
o ministro pediu que a Polícia Federal (PF) acompanhasse o processo de inscrições.
O ministério também alterou regras do
programa e passou a exigir que os candidatos apresentem documento em que
declarem que vão deixar vaga de residência médica ou do Programa de Valorização
da Atenção Básica (Provab) para atuar no Mais Médicos. A declaração deve ser
apresentada no ato da inscrição.
Dos inscritos, há 1.270 que são
médicos residentes que terão de formalizar o desligamento de programas de
especialização para homologar a participação no Mais Médicos.
"A PF vai acompanhar todo o processo, a
finalização da inscrição, a finalização da escolha de municípios para ter
evidências do que de fato está acontecendo ou não", informou o ministro.
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