FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O Ministério da Saúde estima que a Bahia tem 5 mil novos casos de tuberculose a cada
ano. O número indica que a cada grupo de 100 mil pessoas, 35 possuem a doença
no estado. Os avanços na prevenção e diagnóstico da tuberculose estão sendo
discutidos no IV Encontro de Pesquisa e
Inovação em Tuberculose na Bahia, realizado nos dias 24, 25 e 26 de
julho, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia.
O evento, promovido pelo
Instituto de Saúde Coletiva da Ufba (ISC-Ufba), em parceria com o Instituto Brasileiro para
Investigação da Tuberculose (IBIT), da Fundação José Silveira, conta com a
participação de cientistas brasileiros e estrangeiros e tem como o
objetivo viabilizar trocas de experiências que favoreçam um processo de
formação e atuação a respeito da Tuberculose. Além disso, o encontro reforça o
apoio às pesquisas, o intercâmbio do conhecimento e a relação entre o Programa de
Controle da Tuberculose e seus diversos atores no âmbito nacional, estadual e municipal.
Um dos participantes é o
pesquisador e ex-presidente da
Fiocruz Paulo Bluss. Também participam os professores Susan Pereira e Maurício
Barreto, do ISC.
O pesquisador e professor do ISC, Maurício
Barreto, afirma que houve avanços nas últimas décadas, no que se refere a
diagnósticos e novos medicamentos. Mas ele ressalta que outros aspectos como a
melhoria das condições sociais e o acesso à alimentação regular a um número
maior de pessoas foram fundamentais. No entanto, Barreto disse que apesar de
estarem numa curva descendente, os números de casos de tuberculose ainda são
considerados altos na Bahia (5 mil) e no Brasil (70 mil), uma vez que a taxa de
mortalidade ainda é de 7%. “Não estamos mais como no início do século XX e como
os países de extrema pobreza, mas não há como dizer que são índices
desprezíveis”, afirma.
O pesquisador afirma também que a vacina
BCG, que é uma das mais antigas na prevenção à doença, ainda possui pontos positivos,
mas há aspectos negativos também.
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