FONTE: Raquel Paulino/iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Assim que a criança entra na fase
de alimentação sólida, a
atenção dos pais deve se voltar à qualidade da comida que ela irá ingerir.
Refeições nutritivas e saborosas são prioridade no prato dos filhos, e que não
trouxer benefícios à saúde deverá ser descartado da dieta diária. “Em alimentação e nutrição deve-se pensar em saúde e
bem-estar e sempre agir de maneira preventiva. A preocupação não deve surgir
apenas depois de problemas instalados”, afirma Ana Carolina Terrazzan,
nutricionista materno-infantil
da Nutrissoma Clínica de Nutrição.
Mas, com a correria do dia a dia,
alimentos considerados ruins aparecem no cardápio caseiro quando a pressa fala
mais alto do que a qualidade de vida. A nutricionista Karoline Basquerote, especializada em educação alimentar para crianças, explica que “a
facilidade do acesso a alimentos prontos para o consumo acaba levando a
refeições mais gordurosas e açucaradas e ao consumo de refrigerantes e
guloseimas, o que contribui para problemas relacionados à obesidade infantil,
por exemplo”.
Os vilões.
Sucesso entre a criançada, a dupla refrigerante e salgadinho (de saquinho) é a
maior vilã da alimentação infantil. Juntos ou isoladamente, a bebida e o
petisco têm valor nutricional praticamente nulo e trazem muitos males, entre
eles o risco de doenças e de enfraquecimento dos ossos, por causa da alta concentração de
elementos como o sódio e da presença de ácidos nas fórmulas.
Sucos industrializados (em pó ou
líquidos) e bolachas recheadas, também muito queridos pelos pequenos, são
igualmente ruins para a
dieta infantil. O motivo: altíssima concentração de açúcar em cada
porção dos alimentos.
Algumas “soluções rápidas” para
almoço ou jantar figuram entre os piores alimentos para as crianças. São os nuggets, os hambúrgueres
e as salsichas, que muitas vezes entram como substitutos de um bife ou filé.
Quase sempre feitos com carne processada, eles não têm as proteínas que muitos
pais creem fornecer aos filhos quando os colocam no prato. Para piorar, a
maioria dos hambúrgueres é rica em gordura trans. O melhor é se manter fiel à carne tradicional.
Sempre pense em alternativas.
Para manter a saúde e o ritmo das atividades cotidianas, é preciso saber que
alimentos priorizar. O caso do macarrão instantâneo é um dos mais fáceis.
Considerado maléfico por ter muito sódio, muitos conservantes e poucas
vitaminas, ele pode dar lugar ao macarrão regular. “O tempo médio de preparo de
um macarrão instantâneo é de três minutos, o de um não instantâneo é de oito
minutos. São cinco minutos a mais para oferecer um prato saudável ao filho.
Vale a pena! E no tempo de cozimento da massa é possível fazer um molho bem
gostoso”, sugere Ana Carolina Terrazzan.
O suco em pó ou de caixinha deve ser substituído
pelo suco natural da fruta. E se a criança apenas estiver com sede ao longo do
dia, precisa beber água. Refrigerantes podem ficar reservados a apenas um dia
do fim de semana; se der para evitá-los até neste dia, melhor.
O resultado desse esforço poderá
ser visto em todos os aspectos da vida dos filhos. “Mantendo uma boa rotina
alimentar, rica em nutrientes, a criança terá mais facilidade no aprendizado,
um melhor desenvolvimento do corpo e do sistema imunológico. Os bons hábitos
evitam problemas graves de saúde no presente e no futuro”, diz a nutricionista
Mariana Fróes.
Fontes: Ana Carolina Terrazzan (nutricionista
materno-infantil da Nutrissoma Clínica de Nutrição e mestre em saúde da criança e do adolescente pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS), Karoline Basquerote
(nutricionista clínica especializada em educação alimentar para crianças) e Mariana
Fróes (nutricionista da Clínica de Nutrição Funcional Patricia Davidson
Haiat).
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